As placas tectônicas são formações rochosas que cobrem a superfície do planeta Terra. A crosta terrestre é composta por 14 placas principais e 38 placas menores. Show
Essas placas estão em constante e lento movimento e essa movimentação é responsável pelos terremotos, tsunamis, formação de montanhas e atividades vulcânicas. A camada da Terra onde estão as placas tectônicas é a litosfera. Algumas das principais placas que compõem a litosfera são: Placa Sul-Americana, Placa do Pacífico e Placa de Nazca. Existem três tipos de placas:
Teoria das placas tectônicasTambém conhecida por Tectônica de Placas, esta teoria diz que a litosfera é composta por diversos “pedaços quebrados” e que estão em constante deslocamento sobre o manto do planeta. Desenvolvida no final da década de 1960 pela dupla de cientistas Robert Palmer e Donald Mackenzie, essa teoria substituiu a Teoria da Deriva Continental, que havia sido formulada por Alfred Wegener, em 1913. Naquele ano, Wegener propôs que há cerca de 250 milhões de anos atrás todos os continentes estariam unidos em um supercontinente, chamado pangeia, que em grego significa “todas as terras”.
Para defender essa teoria, Wegener usou argumentos morfológicos, paleontológicos e litológicos:
Wegener, no entanto, não conseguiu explicar os motivos pelos quais os continentes haviam se movido. Foi só nos anos 1960 que os cientistas descobriram que não eram os continentes que se moviam, mas as crostas terrestres sobre as quais estão os continentes e oceanos. Saiba mais sobre litosfera e paleontologia. Como ocorre o movimento das placas tectônicas?A Terra é formada basicamente pelo núcleo, manto e litosfera. O manto do planeta é composto por magma em elevadas temperaturas. O calor proveniente do núcleo passa pelo manto por correntes de convecção até chegar à superfície. É esse calor que faz com que as placas tectônicas se movimentem. Os movimentos das placas são responsáveis por sismos, pela formação das montanhas, pelos terremotos e pela atividade vulcânica. A ocorrência de cada um desses fenômenos depende do tipo de limite entre as placas tectônicas. Saiba mais sobre terremoto, vulcanismo e tsunami. Limites das placas tectônicasOs limites são as zonas de encontro das placas, é nessas regiões que os movimentos são sentidos com maior intensidade. Entenda os tipos de movimento e suas consequências: Limite convergente ou destrutivoEsse movimento acontece quando uma placa é empurrada contra a outra. Nesse choque entre placas pode haver submersão de uma delas ou então o dobramento de ambas. A submersão de uma placa depende da sua densidade. Se a densidade de ambas for a mesma, nenhuma afundará, mas se a densidade for diferente, a placa com maior densidade irá submergir e retornar ao manto da Terra.
Veja o que acontece quando há limite convergente entre placas:
A Cordilheira dos Andes é o resultado do movimento convergente de duas placas: Placa de Nazca e a Placa Sul-Americana. Limite divergente ou construtivoNo caso dos limites divergentes, as placas se afastam umas das outras, formando rachaduras. Quando essas fendas se formam, o magma do manto sobe e resfria-se, transformando-se em crosta terrestre. Isso resulta no aumento da dimensão da placa tectônica nas laterais, por isso esse movimento é chamado de construtivo.
Limite transformante ou conservativoQuando o limite é transformante ocorre o deslizamento lateral e horizontal das placas, isto é, as placas “se raspam”. Nesse movimento, as placas não são nem criadas, nem destruídas, são apenas formadas rachaduras. Esse é o movimento que originou a falha de San Andreas na Califórnia, Estados Unidos. Nessa região, a Placa do Pacífico e a Placa Norte-Americana apresentam limite transformante.
Principais placas tectônicas
Mapa das placas tectônicasA litosfera é composta por 52 placas tectônicas, sendo 14 placas principais e 38 placas menores. Veja o mapa com algumas das principais placas:
Placa tectônica do BrasilO Brasil está localizado no centro da Placa Sul-Americana, que mede cerca de 43 milhões de km2. Como o território brasileiro está no centro dessa placa, não há limites entre placas nessa região. É por essa razão que não existe muita incidência de abalos sísmicos no Brasil e, quando acontecem, não são de grande magnitude. Placas tectônicas são grandes blocos rochosos semirrígidos que compõem a crosta terrestre. A Terra divide-se em quatorze principais placas tectônicas, as quais se movimentam sobre o manto de forma lenta e contínua, podendo aproximar-se ou se afastar umas das outras. A movimentação das placas resulta na formação de montanhas, fossas oceânicas, atividades vulcânicas, terremotos e tsunamis. Teoria das Placas TectônicasEm 1913, Alfred Wegener apresentou a Teoria da Deriva Continental, que afirma que, há milhões de anos, as massas de Terra formavam um único supercontinente, chamado Pangeia. Essa teoria foi confirmada por sua sucessora, a chamada Teoria das Placas Tectônicas. A Teoria das Placas tectônicas parte do pressuposto de que a crosta terrestre está dividida em grandes blocos semirrígidos, ou seja, em placas que abrangem os continentes e o fundo oceânico. Essas placas movimentam-se sobre o magma, impulsionadas por forças vindas do no interior da Terra. Portanto, a superfície terrestre não é uma placa imóvel, como era falado no passado. Principais placas tectônicasO planeta Terra está dividido em 52 placas tectônicas, sendo 14 principais e 38 menores. Como exemplos de placas principais, podemos citar a Placa Sul-Americana, a Placa do Pacífico e a Placa Australiana. As menores podem ser exemplificadas pela Placa do Ande do Norte, Placa da Carolina e Placa das Marianas. Veja a seguir as características de algumas das principais placas tectônicas que formam nosso planeta:
Tipos de placas
Mapa Mental: Placas Tectônicas*Para baixar o mapa mental em PDF, clique aqui! Por que as placas tectônicas movimentam-se?Os movimentos realizados pelas placas tectônicas ocorrem em virtude das altas temperaturas existentes no interior da Terra. A crosta terrestre encontra-se sobre o manto, camada da Terra composta por magma. O intenso calor provoca a movimentação circular do manto em correntes de convecção. Esse movimento convectivo transfere calor do núcleo (camada mais interna da Terra) para as camadas mais externas, provocando a movimentação das placas, levando à junção ou à separação dos continentes. Leia também: Camadas da Terra Movimentos das placas tectônicasA movimentação das placas é lenta, contínua e ocorre no limite entre elas. Esse deslocamento leva bastante tempo e é responsável por diversas transformações e fenômenos que ocorrem na crosta terrestre, como a formação de montanhas e vulcões, terremotos e aglutinação ou separação dos continentes. Os movimentos das placas tectônicas podem ser laterais, de afastamento e de colisão. Limites das placas tectônicas correspondem às zonas de encontro entre as placas, ou seja, são as fronteiras ou margens das placas, nas quais ocorre intensa movimentação, como atividades sísmicas e vulcanismo. Leia também: Qual é a relação entre vulcanismo e placas tectônicas? 1) Limite divergenteNo movimento divergente, as placas afastam-se umas das outras, formando fendas e rachaduras na crosta terrestre. Assim, quando ocorre o movimento das correntes convectivas ascendentes, o magma do interior da Terra atravessa as fendas, sendo levado para a superfície. O magma, então, resfria-se e é acrescentado às bordas das placas, que aumentam de tamanho. A separação das placas oceânicas dá origem a dorsais mesoceânicas (cadeias montanhosas submersas no oceano), que provocam expansão do fundo oceânico, originando terremotos e vulcões. Já a separação das placas continentais pode originar terremotos e formar vulcões e vales em rifte (regiões em que a crosta terrestre sofre uma fratura, provocando afastamento das porções vizinhas da superfície terrestre), como aqueles encontrados no Golfo da Califórnia.
2) Limite convergenteNo movimento convergente, as placas aproximam-se e chocam-se umas contra as outras. Quando o movimento convergente ocorre entre uma placa oceânica e uma placa continental, a primeira retorna ao manto, enquanto a segunda enruga-se, formando dobras. Isso ocorre porque as rochas das placas oceânicas são mais densas que as rochas das placas continentais. Quando ocorre um choque entre duas placas oceânicas, apenas uma das placas afundará, no caso, a mais densa entre as duas. Quando o choque ocorre entre duas placas continentais, não há afundamento das placas, visto que a densidade das duas é a mesma, logo, ambas sofrem dobramento. Um exemplo desse tipo de choque foi o que ocorreu entre as placas Sul-Americana e a Placa de Nazca, que deu origem à Cordilheira dos Andes.
3) Limite transformanteNo movimento transformante, as placas deslizam umas em relação as outras, provocando rachaduras na região de contato entre as placas. Nesse movimento, não há destruição nem criação de placas, podendo, em alguns casos, originar falhas. Um grande exemplo de movimento transformante ocorreu entre a Placa do Pacífico e a Placa Norte-América, resultando na falha de San Andres, no estado da Califórnia, nos Estados Unidos.
Placas no BrasilO Brasil situa-se no centro da Placa Sul-Americana, que possui uma área de 43,6 milhões de quilômetros quadrados e, aproximadamente, 200 quilômetros de espessura. Essa placa move-se para o oeste, afastando-se da Dorsal Mesoatlântica e aproximando-se das Placas de Nazca e do Pacífico. Por estar localizado exatamente no centro da Placa Sul-Americana, o Brasil quase não sofre grandes abalos. Há no país ocorrências de sismos de pequena magnitude, decorrentes do desgaste da placa. Saiba mais: Vulcanismo no Brasil Por Rafaela Sousa Graduada em Geografia |