O sistema político social e econômico da Idade Média foi o

O sistema político social e econômico da Idade Média foi o

O feudalismo foi o sistema político, social e econômico que predominou na Europa durante a Idade Média. Era marcado pela descentralização política, pela imobilidade social e pela autossuficiência econômica dos feudos – as unidades de produção da época.

Qual era a atividade predominante na Idade Média?

A agricultura tornou-se a principal atividade econômica. Logo após a colheita, a terra trabalhada ficava em repouso e a outra era utilizada. Esse era o sistema de rotação, que evitava o desgaste do solo. A cultura da Alta Idade Média estava concentrada nos mosteiros.

Quais eram os principais objetivos da educação durante a Idade Média?

Ensinava-se, basicamente, temas religiosos já que o objetivo principal era a formação sacerdotal. - Escolas Monásticas: eram voltadas, principalmente, para a formação de monges. ... Latim, canto gregoriano, textos sagrados (entre eles a Bíblia) e Filosofia eram os principais temas estudados nestas escolas.

Qual era o sistema econômico e social da Idade Média?

O feudalismo era um sistema de organização econômica, política e social vigente na Europa Ocidental da Idade Média, baseado na posse de terras e em estamentos. Estamentos eram classes sociais estáticas – não havia mobilidade -, isso significa que as pessoas nasciam e morriam pertencendo à mesma classe social.

Quais são as principais características da Alta e Baixa Idade Média?

A Alta Idade Média (do século V ao XI) se inicia com o fim do Império Romano e o início do feudalismo. Enquanto a Baixa Idade Média (do século XI ao XV) compreende o enfraquecimento do sistema feudal e a transição para o sistema capitalista. ... Durante esse período, o sistema feudal se consolidou na Europa.

Como era a Sociedade da Baixa Idade Média?

A sociedade na Baixa Idade Média era estamental, ou seja, era dividida em classes sociais muito bem definidas e que tinham pouquíssimas chances de mobilidade social, uma vez que o valor dos nobres era atribuído pelo sangue, por sua descendência, e esse era o fator da origem e manutenção de toda sua riqueza.

Como começou a economia na Baixa Idade Média?

  • Aponta-se a existência de escravos em algumas partes da Europa, como Inglaterra e Alemanha. A economia na Baixa Idade Média: o renascimento comercial. A partir do século XI, a Europa sofreu um processo de crescimento populacional. Isso resultou em mais mão de obra disponível para o trabalho agrícola.

Por que o desenvolvimento econômico na Idade Média?

  • O desenvolvimento econômico na Idade Média dependia das práticas éticas dos comerciantes, fundadas pela transformação em como a sociedade medieval entendia a economia da propriedade e da propriedade.

Quando começou o comércio com o dinheiro?

  • Até chegar à forma que conhecemos hoje, o dinheiro passou por muitas modificações. No início da civilização, o comércio era na base do escambo, ou seja, na troca de mercadorias. Só no século VII a.C. que surgiram as primeiras moedas feitas de ouro e prata.

Quando começou o comércio de moedas?

  • No início da civilização, o comércio era na base do escambo, ou seja, na troca de mercadorias. Só no século VII a.C. que surgiram as primeiras moedas feitas de ouro e prata. A princípio, essas peças eram fabricadas em processos manuais e muito rudimentares, mas já refletiam a mentalidade e cultura do povo da época.

A economia medieval enfrentou diferentes estágios durante a Alta Idade Média (séculos V-X) e a Baixa Idade Média (séculos XI-XV), pois a economia passou de uma fase de retração e enfraquecimento para um renascimento e fortalecimento econômico a partir do século XI.

Economia na Alta Idade Média

A economia medieval durante a Alta Idade Média (séculos V-X) passou pelas alterações impostas pela crise do Império Romano. Segundo o que diz o historiador Hilário Franco Júnior|1|, nesse período, houve baixa produtividade, poucos bens de consumo, comércio extremamente tímido e pequena circulação de moedas.

A produtividade baixa foi consequência direta do processo de diminuição populacional que a Europa viveu com a desagregação do Império Romano. Essa redução populacional afetou não somente a produção agrícola, como também a produção artesanal. Assim, a falta da mão de obra gerou uma carência refletida diretamente na capacidade produtiva do período.

Com uma produção baixa, voltada quase exclusivamente ao consumo próprio, o comércio sofreu um forte impacto, pois havia pouco excedente para ser comercializado. Eventualmente, sobravam produtos de um domínio (grande propriedade agrícola) para o comércio com domínios existentes nas proximidades. Porém, em geral, esse excedente comercial, tanto agrícola como artesanal, era baixo na Europa Ocidental.

Com um comércio extremamente tímido, o uso da moeda perdeu força. Assim, a moeda, segundo Franco Júnior|2|, conservou apenas a função de reserva de valor, que poderia ser utilizada em momentos de necessidade. Portanto, o baixo uso da moeda esteve diretamente relacionado com a falta de excedentes para a comercialização.

Um aspecto importante sobre esse período – e geralmente pouco abordado – foi a existência de escravos na Europa Ocidental. No entanto, havia pouca quantidade de escravos e, por isso, a escravidão foi considerada fraca nessa região. Aponta-se a existência de escravos em algumas partes da Europa, como Inglaterra e Alemanha.

A economia na Baixa Idade Média: o renascimento comercial

A partir do século XI, a Europa sofreu um processo de crescimento populacional. Isso resultou em mais mão de obra disponível para o trabalho agrícola. Além disso, esse continente ampliava suas terras produtivas desde o século X com a derrubada de florestas. Esses dois fatores em conjunto (aumento populacional e aumento das terras produtivas) permitiram um aumento produtivo.

Esse crescimento da produção europeia, na Baixa Idade Média, foi resultado também de uma série de inovações técnicas no cultivo agrícola. O desenvolvimento do sistema trienal, por exemplo, possibilitou um aumento na produtividade do solo de 50% para 66%|3|. Nesse sistema, as terras produtivas eram divididas em três grandes lotes: dois eram cultivados e o terceiro lote descansava durante um ano. Isso permitia ao solo recuperar os nutrientes e manter sua fertilidade. Além disso, houve melhorias nas técnicas de arado do solo com a utilização da força animal.

Esses fatores, portanto, resultaram no aumento da produção agrícola, o que possibilitou o uso do excedente comercial e incentivou o fortalecimento do comércio. As atividades comerciais também foram impulsionadas pelo crescimento da produção artesanal, como consequência do aumento populacional e do número de pessoas que abandonaram o trabalho agrícola para se dedicar a ofícios artesanais. Com o comércio mais forte, renovou-se a necessidade na Europa Ocidental por moeda. Do século XIII em diante, foram registrados locais que cunhavam moedas para o pagamento das mercadorias.

Surgiram ainda dois grandes polos importantes de transporte de mercadorias: o eixo mediterrânico, no qual as cidades italianas de Veneza e Gênova controlavam o comércio de mercadorias na Itália e em regiões próximas, e o eixo nórdico, controlado pela Liga Hanseática. Essa liga representava um grupo de cidades alemãs que se uniram em defesa de seus interesses comerciais.

Os mercadores do eixo mediterrânico e do eixo nórdico possuíam como ponto de encontro as feiras anuais realizadas na região de Champagne, na França. Lá, os mercadores possuíam salvo-conduto dos nobres, isto é, poderiam comercializar sem a necessidade de pagar impostos e com segurança garantida.

O desenvolvimento comercial resultou no surgimento de uma nova classe social na Europa: a burguesia. Com o fortalecimento dessa classe, ela passou a rivalizar com os nobres e a Igreja pelo poder sobre as grandes cidades europeias. A economia medieval sofreu forte impacto com a Crise do século XIV, da qual só se recuperou a partir do século XV.

|1| FRANCO JUNIOR, Hilário. A Idade Média, nascimento do Ocidente. São Paulo: Brasiliense, 2006, p. 32.
|2| Idem, p. 36.
|3| Idem, p. 34.

Por Daniel Neves

Graduado em História