O que é um mosaico

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Mosaico é possivelmente uma palavra de origem grega (de µουσαικόν, transl. mousaikón, "obra das musas"[1]), embora a técnica seja antiga. É um embutido de pequenas peças (tesselas) de pedra ou de outros materiais como plástico, areia, papel ou conchas, formando determinado desenho. O objetivo do desenho é preencher algum tipo de plano (geralmente, piso ou parede).

Cúpula do Batistério de Florença, na Itália

É uma modalidade de arte decorativa milenar, que nos remete à Antiguidade greco-romana, quando teve seu apogeu. Na sua elaboração eram utilizados diversos tipos de materiais.

A técnica da arte musiva consiste na colocação de tesselas, que são pequenos fragmentos de pedras, como mármore e granito moldados com tagliolo e martellina, pedras semipreciosas, pastilhas de vidro, seixos e outros materiais, sobre qualquer superfície. Nos dias de hoje, o mosaico ressurgiu, despertando grande interesse, sendo cada vez mais utilizado, artisticamente, na decoração de ambientes interiores e exteriores.

Em Portugal, destacam-se os mosaicos das ruínas romanas de Conímbriga, datados do século II d.C., além do "mosaico das musas", da villa romana de Torre de Palma (século II - IV d.C.), em Monforte,[2] e os da villa romana de Milreu, no Distrito de Faro, no Algarve - belos exemplares decorativos da época romana.[3]

Também são exemplos de mosaico o calçadão de Copacabana, a disposição dos pisos e azulejos de uma casa, até mesmo algumas gravuras do artista holandês M. C. Escher que tratam do preenchimento do plano. Hoje, entre as principais figuras do mosaico contemporâneo, destacam-se Marcelo de Melo (Brasil)[4], Sonia King (Estados Unidos) e Emma Biggs (Reino Unido).

 

Mosaico do Império Romano em Vichten, em Luxemburgo, representando Tália, a musa da comédia

O registro mais antigo da data de mosaicos feitos foi em 3.500 a.C., na cidade de Ur, na região da Mesopotâmia. O "Estandarte de Ur" compõe-se de dois painéis retangulares de 55 cm, feitos de arenito avermelhado e lápis-lazúli. No antigo Egito, havia preciosos trabalhos feitos em sarcófagos de antigas múmias; também havia mosaicos que decoravam colunas e paredes de templos.

Entre os gregos, existiam pisos feitos com pedaços de mármore branco ou de cor, embutidos numa massa compacta e muito resistente. Um motivo que alcançou um certo sucesso na Grécia foi de pombas, conhecidas como "Os passarinhos de Plínio". Em Roma esta arte começou no século I A.C. e foi largamente usada em pisos, murais fontes e até painéis transportáveis. Em Pompeia especificamente, foi um viveiro de mosaicistas que desde os poderosos e os abastados até o povo em geral apreciavam esta arte. No período paleo-cristão, abre-se para o mosaico uma nova era: a arte bizantina, que é o verdadeiro triunfo das artes visuais do cristianismo.

Combinando harmonicamente elementos ocidentais e orientais, deu origem a uma arte intelectualizada, onde o sentido de divino, de sobrenatural, manifestava-se através de um original abstracionismo. Nunca o mosaico teve tanto esplendor e foi tão largamente usado no mundo como nesse período. No mundo islâmico, a arte do mosaico teve importante aplicação na ornamentação de edifícios e mesquitas. Um outro tipo de mosaico foi o de pequenas tesselas de madeira, usado para decoração de móveis, caixas e outros objetos.

Eram também usados pedaços de marfim e madrepérolas. No século XIX, caiu quase em abandono. Os estetas subdividiram a produção artística em artes maiores (pinturas a óleo, afresco, têmpera e esculturas) e em artes menores (cerâmica, esmalte sobre metal, tapeçaria e o mosaico). Mas o brilho de suas tesselas não foi apagado pelo tempo, se sentido de pintura do eterno, esperavam novamente o gênio e a mão do homem, para continuar a policromia narração do sentir humano. Na América Central que esta forma de decoração mais se difundiu, alcançando no México e no Peru suas mais perfeitas realizações. No período moderno, o mosaico, arte mural por excelência, conseguiu a metamorfose: parede-cimento-pedra-cor. Com isto, ele consegue harmonizar a arquitetura moderna.

 

Mosaico em Conímbriga, em Portugal

  • Maurits Cornelis Escher
  • Calçada portuguesa
  • Mosaico da Grécia Antiga
  • Azulejo
  • Opus sectile
  • Opus alexandrinum
  • Tesselação

 

O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Mosaico

  • Parts Mosaicos de Pedras Naturais
  • Mosaico Rabelo
  • Masterpiece Mosaicos
  • Villa de Milreu
  • Mosaico das Musas - Museu de arqueologia
  • [difusos de reparos e restarações de antigos pavimentos com mosaicos]
  • Passo a Passo de Mosaicos

  1. Nosenghi, Gianni. 101 cose da fare a Venezia almeno una volta nella vita.
  2. «Villa Lusitano-Romana Torre de Palma». Consultado em 28 de outubro de 2008. Arquivado do original em 8 de outubro de 2007 
  3. "Ruínas de Milreu: Tesouro romano em terras algarvias"
  4. Mosaic Art and Style. Rockport Publishers, USA. March 2005. ISBN 1592531458.

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O Mosaico, conhecido também como arte musiva, é uma montagem de pequenos fragmentos de materiais como pedras, azulejos de várias cores, pastilhas de vidro – os mais usados -, conchas, papéis, botões, plásticos, couros, grãos de alimentos e outros mais, denominados tesselas, sobre planos anteriormente dispostos para este fim, resultando em desenhos os mais variados.

A meta desta técnica é ocupar artisticamente superfícies como planos, pisos, paredes e também, atualmente, esculturas. Este trabalho envolve meticulosidade, persistência e disciplina, já que para compor um mosaico é necessário juntar cacos que ao menos apresentem duas colorações distintas de qualquer matéria-prima.

É comum usar um único objeto para a composição do mosaico, mas se o artista souber harmonizar a combinação de vários ingredientes, o resultado pode ser igualmente eficiente. O que importa é soltar a imaginação e deixar que ela guie as mãos do artífice, para que assim ele componha obras criativas, principalmente no campo da decoração de ambientes internos e  externos, no qual esta arte vem evoluindo nos últimos tempos.

A expressão ‘mosaico’ provém do grego ‘mouseîn’, mesma raiz que originou o termo ‘música’, ou seja, derivado das musas. A arte musiva vem sendo praticada desde a era antiga, entre os gregos e os romanos, na qual conheceu seu ápice. Ao longo da história ela foi se adaptando aos mais diferentes usos.

Por serem muito duradouros, os mosaicos são chamados de pinturas para a eternidade. Os próprios sumérios deram início a esta arte na Mesopotâmia, por volta de 3.000 a.C. Eles criavam formas geométricas e eram profundamente influenciados pela arte de confeccionar tapetes.

O Império Bizantino também imprimiu sua marca na história do mosaico, pois legou à Humanidade uma imensa coleção artística neste estilo. Muito devotos, eles preencheram principalmente igrejas e templos com esta arte, especialmente suas paredes e abóbadas. Os desenhos representavam passagens da Bíblia e seus protagonistas. A partir desse momento o vidro passou a ser bastante utilizado.

Os mosaicos são encontrados especialmente na Itália, no Egito, na Macedônia – hoje ocupada pelos territórios da Grécia, Iugoslávia e Bulgária -, China e outros países. Uma era histórica que muito cultivou a arte musiva foi o Renascimento, período no qual se destaca a edificação da Basílica de São Pedro. Posteriormente o artista catalão Gaudi rompeu com as convenções desta técnica e foi o responsável pela criação de célebres mosaicos em Barcelona.

Mosaico de Conímbriga

Exemplos de mosaicos são os resgatados nas ruínas de Conímbriga, provavelmente compostos em II d.C., em Portugal, antigo domínio da Roma Antiga; os da villa romana de Torre de Palma, mais ou menos do mesmo período, também em terras portuguesas; o calçadão de Copacabana; uma possível combinação de pisos e azulejos em algumas casas; e até mesmo certas gravuras do holandês M. C. Escher. Hoje um dos melhores artistas neste campo é o brasileiro Marcelo de Melo, que adota uma técnica conhecida como mosaico estrutural.

Fontes: //pt.shvoong.com/humanities/1738785-que-é-mosaico/

//pt.wikipedia.org/wiki/Mosaico

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