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Temos entre 4 a 5 milhões de “mutações” em nosso DNA. Porém, a maioria das mutações no nosso DNA não estão associadas a doença, e podem estar ligadas a outras características do organismo (exemplo: cor do olho) ou, até mesmo, podem não ter impacto em nosso corpo (entenda mais abaixo). Após a popularização dos estudos genômicos e o maior conhecimento do genoma humano, o uso da palavra “mutação”, na prática clínica, do aconselhamento e diagnóstico genético, passou a ser evitada. Em 2015, o Colégio Americano de Genética Médica e Genômica (ACMG) publicou novas diretrizes internacionais de nomenclatura para avaliar e classificar alterações genéticas, onde sugerem que a palavra mutação seja substituída pelo termo neutro ‘variante’, sendo essa palavra acompanhada por uma classificação baseada no impacto clínico da variante: patogênica, provavelmente patogênica, benigna, provavelmente benigna e de significado incerto (1). Qual o impacto das variantes genéticas em nosso organismo?O genoma humano possui três bilhões de pares de base em sua sequência. Entretanto, essa sequência de bases não é igual em todos os seres humanos. O genoma humano é 99.5% semelhante entre indivíduos, porém, os 0.5% restantes faz com que nenhum ser humano seja igual ao outro (2; Figura 1). Figura 1: Ilustração de um exemplo de variante genética no genoma de um paciente. Em uma região específica do genoma referência identificamos um códon (TTA) que codifica o aminoácido Leucina (Leu). No paciente, na mesma região, identificamos uma substituição do nucleotídeo Timina para Citocina (T>C) que codifica o aminoácido Serina (Ser). Essa troca de aminoácidos pode, ou não, influenciar na produção, ou na função, de uma proteína. A variabilidade genética é uma parte essencial da vida. Ela contribui para a diferença entre todos os indivíduos, que vão desde a diferenças nas características físicas (como cor dos olhos e pele), como na predisposição a doenças e na resposta imunológica às infecções. A variação genética pode ser a causa direta doenças raras (como a Atrofia muscular Espinhal, AME), pode resultar em uma maior ou menor predisposição para o desenvolvimento de doenças comuns (como diabetes e hipertensão), ou pode não ter nenhuma consequência na saúde. Quando análises genéticas utilizando sequenciamento de nova geração (NGS) são realizadas, milhares de variantes podem ser identificadas. Para saber se a variante causa ou não uma doença é preciso seguir diretrizes e analisar diversos dados da literatura e de bancos de dados genéticos. Para essa etapa, na Mendelics contamos com uma ferramenta de análises genômicas chamada Abracadabra que usa inteligência artificial para predizer o possível dano que uma variante detectada pode causar no organismo. Quer saber mais sobre detecção e classificação de variantes genéticas? Leia esse artigo. Deixe sua pergunta nos comentários abaixo ou entre em contato com a nossa equipe pelo telefone (11) 5096-6001 ou através do nosso site. Referências
O termo mutação diz respeito às mudanças no material genético, o que constitui a principal fonte de variação genética existente. Por garantir variabilidade genética, ou seja, garantir que indivíduos apresentem DNA diferentes, as mutações são consideradas um ponto importante para o processo de evolução dos seres vivos. É por meio delas que características adaptativas importantes surgem, o que garante a seleção de espécies mais adaptadas. As mutações podem ser benéficas, neutras ou prejudiciais e, portanto, não são direcionadas, ocorrendo de forma aleatória. Isso quer dizer que uma mudança no DNA pode proporcionar uma melhoria no organismo, não causar nenhuma vantagem ou prejuízo ou ainda desencadear problemas, como no caso das doenças genéticas. Assim sendo, uma mutação não surge para garantir a evolução de um organismo, sendo completamente ao acaso. Podemos classificar as mutações em somáticas e germinativas. As somáticas são aquelas que ocorrem em células responsáveis pela formação de tecidos e órgãos (células somáticas) e, portanto, normalmente, não são transmitidas. As germinativas, por sua vez, ocorrem em células que originam gametas, sendo, portanto, mutações que podem ser transmitidas à geração seguinte. As mutações podem ser ainda gênicas ou cromossômicas. As mutações gênicas são aquelas em que as alterações ocorrem nos genes, e as cromossômicas são aquelas em que ocorrem alterações em partes inteiras de cromossomos. → Tipos de mutação gênica As mutações gênicas podem ser classificadas em pontuais, por inserção e deleção.
→ Tipos de mutações cromossômicas As mutações cromossômicas ou alterações cromossômicas podem ser numéricas ou estruturais.
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