O que é a erosão

Entender o que é erosão e quais são os seus tipos é muito importante para se dar bem em questões de geografia relacionadas ao tema no Enem e vestibulares. Ao longo deste artigo, você irá entender o que é esse processo que ocorre com o solo e as rochas e de que formas ele pode acontecer, acompanhe.

O que é erosão e como e como ela ocorre?

Erosão é o nome dado ao processo de desgaste e transporte pelo qual o solo e as rochas passam, o que pode ocorrer de forma natural, como pelo vento ou pela água, ou através dos chamados processos antrópicos, que são gerados através da ação do homem.

Funciona da seguinte forma: o solo ou rocha sofre um desgaste causado pela água ou pelo vento, que transporta os sedimentos de um local ao outro. Isso pode ser percebido de algumas formas, como através da poeira carregada pelo vento ou da lama que é formada em porções de água.

Tipos de erosão

Existem vários tipos de erosão, que variam de acordo com o agente causador. Veja, a seguir, quais são eles e entenda como ocorrem.

Erosão antrópica

Como mencionado anteriormente, a erosão antrópica ocorre através de ações do ser humano. O desmatamento de florestas para dar origem a pastos, a construção de estradas e o aplainamento de morros são exemplos dessas ações.

Diferentemente das erosões que acontecem através de forças naturais, como as que trataremos a seguir, a antrópica possui um ritmo acelerado e, por isso, é considerada como a mais danosa para a natureza.

Erosão eólica

O vento é um poderoso agente de erosão, capaz de transportar poeira, areia e cinzas de um lugar para outro. Em áreas mais secas, a areia que é levada através do vento pode, até mesmo, desgastar certos tipos de rocha, mas vale lembrar que é um processo lento e que as modificações podem levar milhares de anos para acontecer.

O Parque Nacional dos Arcos, localizado nos Estados Unidos, no estado de Utah, é um grande exemplo do poder da erosão eólica. Como o próprio nome sugere, o local conta com uma grande concentração de arcos naturais, formados através da ação do vento.

Erosão fluvial

A erosão fluvial ocorre quando o solo e as rochas são desgastados através da força dos rios. Dois tipos de erosão podem acontecer em diferentes estágios ao longo de um rio, que são a vertical (no leito) e a lateral (nas margens).

A capacidade erosiva de um rio depende principalmente da sua velocidade, que, quanto maior for, maior será a rapidez com que o solo será transformado. Rios localizados em áreas de altitude elevada tendem a ser mais velozes por conta da gravidade.

Erosão glacial

A erosão glacial é causada pelas geleiras ou pela neve, que se tornam abrasivas quando entram em contato com as rochas. Um fato importante a ser considerado é que o poder da erosão glacial é bem maior do que da fluvial, o que se deve aos processos de congelamento e descongelamento da água comum nos polos do planeta, comprimindo e dilatando o solo e as rochas.

Erosão marinha

A erosão marinha ocorre através da força do mar, que impacta diretamente o relevo das áreas litorâneas. Falésias, cavernas, restingas, praias, arcos e colunas de rocha estão entre os principais elementos que compõem paisagens costeiras e que são gerados através desse tipo de erosão. 

Erosão pluvial

As chuvas também são capazes de transformar o relevo, especialmente em regiões conhecidas pela intensidade e frequência desse fenômeno, como as áreas tropicais e equatoriais. Pode ocorrer através dos próprios respingos da chuva, pelo escoamento da água ou pelo transporte de partículas do solo por meio de canais.

Fatores que afetam a erosão

Existem diversos fatores naturais que podem afetar a erosão de uma paisagem, como o clima, a topografia, a vegetação. Entenda a influência de cada um desses elementos a seguir.

Clima: é considerado um dos fatores que mais influencia a erosão, pois inclui a precipitação das chuvas, o vento, a temperatura, a incidência do sol e a variabilidade sazonal, que gera a probabilidade de sedimentos serem transportados durante um evento climático, como o derretimento de neve ou um furacão, por exemplo.

Topografia: as características da superfície de uma área podem contribuir para o impacto da erosão sobre ela. As áreas mais altas estão mais sujeitas a serem modificadas pelo vento do que as mais baixas. Assim como o tipo de rocha também determina se será mais ou menos alterada.

Vegetação: a vegetação é capaz de retardar o impacto da erosão, isso porque as raízes das plantas aderem ao solo e às partículas de rocha, impedindo seu transporte durante chuvas ou vento. Desertos, que geralmente são áreas que não possuem uma vegetação densa, costumam ser as paisagens mais erodidas do planeta.

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A Erosão é um processo de transformação dos solos oriundo das ações dos agentes externos ou exógenos que consiste no desgaste na superfície terrestre, prosseguido pelo transporte e deposição de sedimentos. Trata-se de um procedimento natural, entretanto, a ação humana contribui para a sua intensificação.

O processo descontrolado de erosão traz grandes prejuízos para o meio ambiente, pois atua no desgaste do solo, dificulta a manutenção de espécies de animais e vegetais, além de atrapalhar as atividades humanas.

As erosões possuem vários estágios, dependendo do nível de profundidade e da gravidade de sua ocorrência. Geralmente, elas se iniciam com o processo de lavagem superficial dos solos, também chamado de lixiviação ou erosão laminar; depois, elas se intensificam com o processo de ação das chuvas e dos ventos, surgindo alguns buracos e “linhas” marcadas sobre a terra, as erosões em sulcos ou sulcos erosivos.

Quando os agentes modeladores continuam atuando na intensificação desse processo, ocorre a formação de ravinas (erosões mais profundas) e voçorocas (quando a erosão atinge o lençol freático ou é extremamente profunda).

Entre as ações humanas que causam a formação de processos erosivos destaca-se a retirada das vegetações, que exercem a função de conter a força das águas e dos ventos (atuando como uma espécie de obstáculo) e ajudam a manter a firmeza do solo, através de suas raízes.

No meio urbano, as erosões acontecem em razão da falta de planejamento, com a formação de ruas que ocupam verticalmente toda uma vertente, por exemplo. Durante as chuvas, a enxurrada desce a vertente com muita velocidade, formando buracos em seu percurso e formando ravinas e voçorocas na porção inferior das vertentes, geralmente próximas a cursos d’água.

Tipos de erosão

Existem vários tipos de erosão, que são classificadas conforme os seus princípios causadores.

Erosão por gravidade: quando ocorre o transporte e deposição de sedimentos da superfície em virtude da ação da gravidade, com a queda de partículas e rochas. Acontece, principalmente, em regiões montanhosas e com alta declividade.

Erosão fluvial: erosão causada pela ação das águas dos rios sobre as superfícies dos cursos d’água e de encostas. Atuam também no desgaste do solo durante enchentes periódicas ou períodos de cheias. É intensificada com a retirada das matas ciliares, ou seja, as vegetações localizadas nas margens dos rios.

Erosão causada pela retirada da mata ciliar nas proximidades de um rio

Erosão pluvial: ocorre em razão da ação das águas das chuvas, que desgastam a superfície e transportam sedimentos. Esse processo atua também na lavagem dos solos e, quando as águas da chuva encontram um solo sem vegetação, passam a ser responsáveis pela formação de graves tipos de erosão.

Formação erosiva em ravina, causada pela lavagem da terra pelas chuvas

Erosão marinha: causada pelas águas dos mares e oceanos, atua na modelagem da morfologia litorânea, contribuindo para a formação de praia e encostas através da degradação das rochas.

Erosão eólica: ocorre em virtude da ação dos ventos sobre a superfície, atuando no transporte dos sedimentos e partículas menores e degradando lentamente formações rochosas, conferindo a elas formas bastante peculiares.

Erosão glacial: ocorre graças aos movimentos abruptos das geleiras (como as avalanches). Também atuam no transporte de sedimentos, através de congelamento e movimentação.

Imagem editada e redimensionada de Jose Reynaldo da Fonseca, está disponível no Wikimedia e licenciada sob CC by 3.0

Erosão” é um termo utilizado para descrever a remoção de materiais por agentes naturais em movimento na superfície terrestre. Esses materiais podem ser naturais ou construídos pelo ser humano. A água corrente, o gelo e o vento são alguns exemplos de agentes erosivos. Vale ressaltar que a erosão é um dos processos responsáveis por esculpir o relevo e modificar continuamente a superfície terrestre.

A erosão é um fenômeno muito complexo. Isso porque envolve a ação direta e indireta de diversos fatores, como clima, vegetação, tipos de solo e características geológicas e geomorfológicas do local envolvido.

Tipos de erosão

Existem vários tipos de erosão, que variam de acordo com a sua velocidade, esfera de influência, agente causador ou localidade geográfica. Inicialmente, especialistas classificam as erosões em geológicas e aceleradas. A erosão geológica se manifesta como uma ocorrência normal dos processos de modificação da crosta terrestre, sendo perceptível apenas no decorrer de longos períodos. Nesse quadro de transformação, o equilíbrio é mantido, uma vez que a velocidade de remoção de partículas é a mesma da de formação de novos solos.

A erosão acelerada, por sua vez, ocorre quando o processo erosivo suplanta o de formação de novos solos. Nesse caso, os agentes erosivos podem remover em poucos meses uma quantidade de material que a natureza levou séculos para formar. Especialistas expõem que esse tipo de erosão costuma ser desencadeado pelo uso inadequado do solo por seres humanos.

As erosões também são classificadas conforme a sua intensidade, sendo segmentadas em erosão laminar, sulcos erosivos, ravinas e voçorocas. A erosão laminar diz respeito a lavagem dos solos (retirada da camada superficial de sedimentos) pela água das chuvas ou pelos ventos; os sulcos erosivos são as estratificações ou “caminhos” deixados pela água nos solos; as ravinas são buracos ou danificações mais severos; e as voçorocas manifestam-se quando a erosão é profunda a ponto de atingir o lençol freático.

Por fim, os tipos de erosão podem ser classificados em função dos agentes erosivos envolvidos no processo:

Erosão marinha

A erosão marinha, também chamada de erosão marítima, é definida como “o processo de desgaste, transporte e sedimentação de rochas e solos litorâneos por agentes erosivos”. Fundamentalmente, ela pode ser causada pela ação de três fatores: ondas, correntes e marés.

A erosão marinha está presente em todo o litoral brasileiro e vem se tornando mais intensa em decorrência da ocupação desordenada de regiões costeiras, das mudanças climáticas (e consequente elevação do nível do mar) e da retirada de areia para uso em pavimentação e aterros sanitários. Saiba mais sobre esse tema na matéria “O que é erosão marinha e quais são suas consequências?”.

Erosão fluvial

A erosão fluvial ocorre quando a ação dos rios proporciona um desgaste na margem e no fundo do canal e carrega os materiais removidos ao longo do leito. O local onde esse fenômeno ocorre depende do tipo de canal: canais “jovens” (menores) geralmente apresentam erosão no fundo; canais “maduros” (maiores) sofrem basicamente erosão das margens. Os materiais erodidos e depositados em um trecho específico do canal costumam apresentar-se balanceados.

Erosão eólica

Comum em regiões áridas e semiáridas, a erosão eólica é um desgaste provocado pela ação dos eventos. Esse agente erosivo possui a capacidade de levar fragmentos mais finos, como areia e silte, deixando o solo pedregoso e com pouca permeabilidade. Nos locais de intensa atuação dos ventos, podem-se formar zonas rebaixadas que se assemelham a lagos, mas que ficam secos durante longos períodos. As dunas de areia dos lençóis maranhenses, por exemplo, foram feitas por erosões eólicas.

De acordo com estudos, atividades desenvolvidas pelo ser humano contribuem para a aceleração do processo de erosão do solo, destacando-se:

  • Desmatamento de áreas extensas, terrenos de encostas, mata ciliar, locais de solos erodíveis, entre outros;
  • Práticas agrícolas: monoculturas; culturas não perenes; plantio em encostas; cultivo intensivo; uso de máquinas e implementos agrícolas;
  • Queimadas;
  • Agropecuária: criação de animais em áreas de pastagem (sobre pastoreio);
  • Movimentos de terra: escavações e aterros;
  • Alterações no escoamento natural das águas: barragens; aterros; alterações nos trajetos de cursos d’água; drenagem artificial;
  • Impermeabilização do solo: construções, pavimentações, compactação;
  • Atividades de mineração;
  • Execução de obras: desmatamentos; movimentos de terra; áreas de empréstimo; impermeabilização; alterações no escoamento das águas.

Consequências da erosão

Apesar de ser um processo natural, a erosão vem sendo intensificada pela ação humana e uso inadequado dos solos. As principais consequências desse fenômeno são lixiviação, assoreamento, deslizamento de terra e desertificação, processos que causam graves prejuízos para diversos ecossistemas. Saiba mais sobre esses temas nas matérias “Entenda o que é lixiviação”, “O que é assoreamento?”, “O que causa um deslizamento de terra?” e “O que é desertificação do solo?”.

Fontes: Processos erosivos: dinâmica, agentes causadores e fatores condicionantes e Erosão do solo

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