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O Arcadismo foi o principal movimento literário do século XVIII. Outros nomes dados ao estilo são Setecentismo ou Neoclassicismo - a partir deste último, inclusive, percebe-se a relação do Arcadismo com valores da cultura clássica, ou seja, valores gregos, romanos e renascentistas. Os escritores árcades são conhecidos por oporem-se ao estilo barroco, inspirando-se em preceitos do Iluminismo.

Leia mais: Descubra a origem das influências do Arcadismo.

Tópicos deste artigo

Características

O movimento árcade foi fortemente influenciado pela cultura grega, latina e renascentista. A clareza e a harmonia nos temas e nas formas afastaram das produções literárias a linguagem rebuscada e confusa do Barroco. As antíteses e paradoxos do homem do século XVII passaram a dar lugar ao sujeito racional, que buscava a simplicidade e a racionalidade em suas obras.

Uma das principais características árcades é a herança da cultura clássica (greco-latina e renascentista). Alguns preceitos latinos que inspiraram os escritores árcades são:

Inutilia Truncat: Esse preceito dialoga com a necessidade de “tirar o inútil” da poesia, entendendo-se esse inútil como sendo o excesso de rebuscamento formal do movimento Barroco.

Fugere Urbem: Para os líricos do Arcadismo, a cidade não era o ambiente ideal para viver, pregando-se, portanto, a fuga da urbanidade como meta a ser alcançada.

Locus Amoenus: Atrelado ao fugere urbem, esse preceito afirma que o campo, o ambiente bucólico, é o ideal para o homem.

Carpe Diem: Segundo esse preceito, é necessário aproveitar o presente para contemplar a realidade, sem preocupar-se com o futuro.

Aurea Mediocritas: Segundo essa expressão, o homem mediano é aquele que alcança a felicidade, não se devendo, assim, procurar riquezas e posses em vida.    

Além do retorno aos clássicos, o Arcadismo também foi muito influenciado pelo Iluminismo, movimento filosófico que compreendia ser a razão o maior valor humano, e pelo desenvolvimento técnico e tecnológico que modernizou os meios de produção da época e produziu um forte êxodo rural e expansão urbana.

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Contexto histórico

O Arcadismo é o principal movimento literário do século XVIII. Seu contexto é marcado, como dissemos anteriormente, pelo Iluminismo e pelo avanço técnico e tecnológico que produziram a industrialização e o consequente êxodo rural. O período é fundamental para compreender o declínio do absolutismo e a ascensão da burguesia.

Os autores árcades dialogam, em suas obras, com questões fundamentais da época, tais como a relação entre o homem e a riqueza (aurea mediocritas é um conceito que discute isso, por exemplo) ou como era viver na cidade (os preceitos fugere urbem e locus amoenus são referentes a esse assunto).    

Diferenças entre Arcadismo e Barroco

O Arcadismo é o movimento literário que ocorre após o Barroco. Enquanto o Barroco representa um homem em conflito entre o sagrado e o profano (é bom lembrar que nessa época, século XVII, a Contrarreforma havia restaurado vários valores medievais no mundo), o Arcadismo apresenta um sujeito fiel à razão, crente na ciência. Além disso, vale dizer que linguagem do Barroco era rebuscada e cheia de paradoxos, enquanto, no Arcadismo, comunica-se com mais clareza e simplicidade.

Acesse também: Conheça o Arcadismo brasileiro com maior profundidade.

Principais autores do Arcadismo no Brasil e em Portugal

O Arcadismo desenvolveu-se tanto no Brasil quanto em Portugal. Os principais autores são:

Veja, a seguir, trechos de poemas árcades:

Camões, grande Camões, quão semelhante

Camões, grande Camões, quão semelhante

Acho teu fado ao meu, quando os cotejo!

Igual causa nos fez, perdendo o Tejo,

Arrostar co'o sacrílego gigante;
 

Como tu, junto ao Ganges sussurrante,

Da penúria cruel no horror me vejo;

Como tu, gostos vãos, que em vão desejo,

Também carpindo estou, saudoso amante.
 

Ludíbrio, como tu, da Sorte dura

Meu fim demando ao Céu, pela certeza

De que só terei paz na sepultura.
 

Modelo meu tu és, mas... oh, tristeza!...

Se te imito nos transes da Ventura,

Não te imito nos dons da Natureza.

Bocage

Nesse poema, percebemos que o sujeito lírico dialoga com o poeta renascentista Luís de Camões. É como se o escritor de Os lusíadas fosse uma espécie de mestre para o eu lírico, demonstrando clara valorização da cultura do classicismo.

Lira I

Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,

Que viva de guardar alheio gado;

De tosco trato, d’expressões grosseiro,

Dos frios gelos, e dos sóis queimado.

Tenho próprio casal, e nele assisto;

Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;

Das brancas ovelhinhas tiro o leite,

E mais as finas lãs, de que me visto.

Graças, Marília bela,

Graças à minha Estrela!

Eu vi o meu semblante numa fonte,

Dos anos inda não está cortado:

Os pastores, que habitam este monte,

Com tal destreza toco a sanfoninha,

Que inveja até me tem o próprio Alceste:

Ao som dela concerto a voz celeste;

Nem canto letra, que não seja minha,

Graças, Marília bela,

Graças à minha Estrela!

[...]

Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga

No poema de Tomás Antônio Gonzaga, percebemos vários dos preceitos latinos anteriormente citados. Trata-se de um sujeito lírico vivendo no campo (locus amoenus), cultivando uma vida simples (aurea mediocritas), longe das dinâmicas de vida na cidade (fugere urbem). Além disso, percebemos também a valorização do amor e a idealização da amada, característica árcade que perduraria pelo movimento seguinte, o romantismo.


Por Me. Fernando Marinho

Texto é uma produção, verbal ou não verbal, que se constitui com algum código, no intuito de comunicar algo a alguém, em determinado tempo e espaço. Sua definição ampla se deve ao fato de também abranger diversos formatos.

Pode-se compreender o texto verbal, oral e escrito, como uma prática social que utiliza estruturas verbais, organizadas e caracterizadas por suas estruturas linguísticas e sua função social, com vistas a cumprir um papel pessoal ou coletivo na vida humana. O mesmo se aplica aos textos não verbais, também compreendidos como uma ação social, diferenciando-se somente em função das estruturas e códigos utilizados.

Leia também: Gêneros textuais — textos que exercem uma função social específica

O que é texto?

O conceito de texto pode variar a depender da perspectiva teórica adotada para estudá-lo. A palavra texto, ao longo da história, foi ganhando diferentes sentidos, de modo que novas construções foram compreendidas como tal.

De acordo com o percusso de investigações sobre o texto, nas mais diversas correntes teóricas que se debruçam sobre esse objeto, o conceito foi se modificando e se ampliando. Hoje o texto não é considerado uma estrutura pronta, com unidade de sentido completa, pois consideram-se também os processos de planejamento,construção e recepção do texto.

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Os textos fazem parte de diversas atividades cotidianas, seja por meio da escrita, seja por meio de imagem ou som.

Como consequência dessas reflexões, pode-se concluir que o texto é uma atividade comunicativa na qual operam estratégias e procedimentos próprios da mente humana e que ele existe, de fato, na interação social. O texto é posto em ação no momento da interação.

Isso significa dizer que, toda construção, verbal ou não verbal, que se constitui como um ato comunicativo é um texto. O sentido do texto se completa no momento da interação, por meio das estratégias de criação do autor e interpretação do leitor.

Esse modo de olhar considera os sujeitos envolvidos na interação como socialmente atuantes, ou seja, sujeitos que conscientemente utilizam textos para alcançar objetivos práticos, sejam eles a transmissão de uma mensagem pessoal, desabafo ou expectativa, sejam ações burocráticas que só podem ser realizadas mediante textos.

Além disso, esse conceito de texto abrange todas as comunicações da vida humana, afinal, todas elas cumprem uma função na vida pessoal e/ou social das pessoas.

Por se manifestarem de inúmeras formas, com estruturas e linguagens diferentes, intenções, contextos, público-alvo e autoria variáveis, as características do texto não são facilmente listadas.

Na verdade, cada texto deve ser analisado em suas características individuais. Entretanto, é possível elencar aspectos que devem ser observados na caracterização de qualquer texto.

  • Linguagem: um dos elementos básicos do texto é a linguagem. A depender de qual tipo for utilizado, diferentes textos serão produzidos. O que a linguagem visual consegue trabalhar é diferente da linguagem escrita, e para cada uma será utilizado um diferente método de análise.
  • Contexto: também tem influência na estrutura do texto e deve ser considerado. Um ambiente pessoal e um ambiente formal possuem diferentes interferências na escolha das palavras, na variação linguística, entre outros fatores.
  • Público-alvo: todo texto é construído para um leitor ou grupo de leitores específico. Isso significa que, na hora da escrita, o autor deve considerar para quem escreve.
  • Função sociocomunicativa: todo texto tem uma função social e comunicativa. É possível que alguns textos, como diários, sejam escritos sem uma função coletiva, mas cumprem uma função subjetiva na vida do indivíduo. Assim, todo texto possui uma função, a qual interfere na sua estratégia de construção.

Leia também: Funções da linguagem — os papéis que a linguagem cumpre no ato comunicativo

Texto verbal e não verbal

Como dito, os textos podem se utilizar de diferentes linguagens na sua estrutura. Além disso, é possível também que haja a mistura de mais de um tipo de linguagem, criando textos de linguagem mista.

Os textos de linguagem verbal são aqueles que utilizam as palavras para estabelecer comunicação. Eles podem ser tanto orais como escritos. Dentro dessa categoria, podemos citar artigo científico, artigo de opinião, carta de reclamação, carta de solicitação, entre outros.

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A Bília é tradicionalmente um texto verbal, pois utiliza somente a linguagem verbal.

Os textos de linguagem não verbal são aqueles que utilizam outros elementos para construir sentido, como os sons, as cores, as formas, as imagens, etc. São exemplos de linguagem não verbal as placas de trânsito ou outras sinalizações, que, por meio de imagens, comunicam suas mensagens.

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A placa acima, por meio da imagem, indica que é proibido fumar naquele local.

Boa parte dos textos, entretanto, possui linguagem mista, isto é, mais de um tipo de linguagem. Comumente, utilizam-se imagens como fotos ou ilustrações para contribuir no sentido de textos escritos.

Os textos de linguagem mista variam desde entrevistas e reportagens (que podem acrescentar elementos visuais ao texto) até textos publicitários, filmes, séries, quadrinhos, ou ainda textos que apresentam predominância da linguagem verbal, como dissertações acadêmicas, que podem fazer uso de gráficos, fotos e outros tipos de textos não verbais.

Texto literário e não literário

Os textos literários são textos artísticos, de cunho pessoal e simbólico, nos quais a linguagem pode apresentar traços emocionais, valores individuais, bem como forma e estrutura livres das convenções sociais, ou seja, podem criar modos únicos de estruturar o texto. Outra característica dos textos literários é que não estão presos às lógicas e leis da realidade, logo podem expressar mundos materialmente impossíveis.

Abaixo segue um trecho de um poema do Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa:

“Viver é fazer meia com uma intenção dos outros. Mas, ao fazê-la, o pensamento é livre, e todos os príncipes encantados podem passear nos seus parques entre mergulho e mergulho da agulha de marfim com bico reverso. Crochê das coisas... Intervalo... Nada...” 

Fernando Pessoa

No exemplo, percebe-se que o autor não está fazendo referência concreta à vida, ou seja, não está definindo-a por conceitos reais, e sim por uma escrita simbólica e pessoal. “Viver é fazer meia” não tem um sentido lógico e nem se limita a um único sentido, visto que diferentes leitores podem interpretar de distintos modos a expressão do poeta. Os textos literários não cumprem uma função prática no mundo; são, na verdade, expressões estéticas que retratam o mundo, as sociedades e os indivíduos.

Os textos não literários são aqueles que possuem linguagem impessoal e valor referencial, ou seja, que se referem a fatos, pessoas, assuntos e outros aspectos da vida real, isto é, da realidade concreta. Por esse aspecto externo, os textos não literários são “úteis”, ou seja, cumprem funções pragmáticas. São exemplos de textos não literários a notícia, a reportagem, entre outros.

Abaixo segue um trecho de uma notícia pulicada no site UOL:

“O governador em exercício do Rio, Cláudio Castro (PSC), e o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) anunciaram hoje a suspensão de aulas em escolas públicas de todo o estado a partir de segunda-feira (7).”

Percebe-se, pelo exemplo, que o texto se refere a pessoas reais e a decisões concretas tomadas por esses indivíduos em relação ao retorno das aulas nas escolas do Rio. Diferentemente do texto literário, a linguagem é impessoal, objetiva e intencional a um objetivo específico.

Leia também: Impessoalização da linguagem — como retirar marcas de subjetividade da redação?

Tipos de textos e gêneros textuais

Centrando-se nos textos verbais, existem duas grandes categorias que classificam os diferentes textos: a tipologia textual e os gêneros textuais.

Os tipos textuais se referem às sequências estruturais que constituem os textos, ou seja, à organização sintática das frases, à predominância de um ou outro tipo de classe de palavras e outras características que se refiram à organização interna do texto. Nessa categoria, falamos de textos expositivos, descritivos, argumentativos, narrativos e outros.

Um mesmo texto pode conter mais de um tipo textual, embora na grande maioria dos casos haja a predominância de um ou dois deles. Por exemplo, a carta de reclamação possui a predominância de dois tipos, o dissertativo ou narrativo e o argumentativo. É comum, nesse gênero, que o autor opte por narrar os fatos ocorridos ou dissertar sobre determinado tema para, em sequência, apresentar seu ponto de vista e argumentação.

Um conto, por sua vez, possui a predominância do tipo narrativo, ou seja, predomina a construção com narrador, personagens e sequência de fatos ocorridos. Entretanto, um autor pode inserir trechos dissertativos na fala de algum personagem, pode apresentar o tipo descritivo para apresentar uma cena, etc.

Podemos resumir as principais características de cada um dos tipos textuais.

  • Narrativo: estrutura com narrador, personagens, tempo e espaço na qual esses elementos se relacionam para contar uma sequência de fatos ocorridos e interligados.
  • Descritivo: estrutura que visa caracterizar algum objeto, pessoa, paisagem ou até a qualidade de um produto. Assim, a sequência se organiza com predominância de adjetivos e outros qualificadores linguísticos, visando transmitir uma mensagem sobre o que se analisa.
  • Dissertativo: estrutura que propõe a explanação, apresentação ou aprofundamento de um tema, sem, no entanto, demonstrar opinião pessoal sobre ele.
  • Argumentativo: estrutura que se organiza em estratégias de defesa e justificativas que buscam convencer o leitor a respeito do ponto de vista do autor acerca de determinado assunto.

Já o gênero textual é a categorização dos textos não só pelas suas características estruturais, mas também a partir das suas características extratextuais, ou seja, às características do contexto, da função social e dos interlocutores envolvidos. Falar em gêneros textuais é se referir aos diferentes textos que utilizamos para cumprir funções sociais na vida cotidiana. São exemplos de gêneros a carta, piada, entrevista, receita de comida, e-mail, artigo de opinião e inúmeros outros.

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As placas de trânsito são um tipo de gênero e podem mesclar o uso de linguagem verbal e não verbal.

O estudo dos gêneros textuais compreende a língua como uma ação social, desse modo, eles não podem ser definidos somente pelas suas características estruturais, mas também contextuais. Enquanto o tipo textual se concentra em analisar a estrutura linguística dos textos, os gêneros textuais consideram todos os elementos que interferem na prática dos textos, como o contexto, o meio de circulação, público-alvo, etc.

Além disso, a análise do gênero considera cada texto como único, por isso não se deve encaixar um texto, forçadamente, dentro de uma categoria, mas analisar como esse texto, individualmente,  configura-se ou não como algum gênero textual, quais as inovações e mudanças são encontradas e, ao mesmo tempo, refletir se essas escolhas estruturais têm uma relação com o contexto de produção.

Texto e contexto

O texto sempre existe dentro de um contexto. Essa afirmação pretende apontar para o fato de que, se o texto é a construção de sentidos, esses sentidos estão obrigatoriamente relacionados ao contexto de produção.

O contexto, dito de maneira ampla, é todo o cenário social e cultural, todas as convenções e regras que são seguidas em uma produção e o que essas convenções e regras representam nesse tempo-espaço. Ele possui também seus recortes mais específicos, como o contexto do autor do texto, o local social que ele ocupa, seus posicionamentos ideológicos, etc. Há também o contexto de produção do texto, se é de cunho jurídico, religioso, profissional, pessoal; ou ainda o veículo de compartilhamento do texto, se é oral, em livro, em folheto, digital, etc.

Leitura, compreensão e interpretação

Segundo a psicolinguística, o processo de leitura possui quatro fases:

  • decodificação: processo de decodificar o signo pelo qual o texto de constrói;
  • compreensão: processo de captar a temática do texto;
  • interpretação: processo de criticar, positiva ou negativamente, o texto;
  • retenção: processo de armazenar as informações a longo prazo.

De acordo com essa perspectiva, a leitura se constitui uma atividade de processamento dos textos na qual não apenas os elementos intrínsecos ao texto são considerados, mas também elementos inerentes ao leitor/ouvinte.

Na compreensão, as interferências principais se dão a respeito do conhecimento de mundo preexistente no sujeito que lê o texto. As variações desse conhecimento influenciam na captação das informações principais do texto.

No caso da interpretação, o nível de leitura precisa, necessariamente, ter passado pela compreensão, pois é impossível fazer análise crítica de um texto que não se compreendeu. A interpretação também passa pela interferência do leitor, na medida em que toda crítica parte de um posicionamento social e ideológico, que se assemelha ou se distancia do exposto no texto.

Leia também: Dicas para uma boa interpretação de texto

Exercícios resolvidos

1. (Enem 2012)

A publicidade, de uma forma geral, alia elementos verbais e imagéticos na constituição de seus textos. Nessa peça publicitária, cujo tema é a sustentabilidade, o autor procura convencer o leitor a

  1. assumir uma atitude reflexiva diante dos fenômenos naturais.
  2. evitar o consumo excessivo de produtos reutilizáveis.
  3. aderir à onda sustentável, evitando o consumo excessivo.
  4. abraçar a campanha, desenvolvendo projetos sustentáveis.
  5. consumir produtor de modo responsável e ecológico.

Resposta: alternativa E.

A questão do Enem apresenta um texto de linguagem mista. Para que o candidato não errasse a alternativa, era importante que ele observasse as características pertinentes ao gênero textual publicidade. O texto publicitário tem o intuito de apresentar um serviço e/ou produto e, no caso do exemplo acima, a intenção é convencer sobre o consumo responsável.

Questão 2 (Enem 2010)

Machado de Assis

Joaquim Maria Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839. Filho de um operário mestiço de negro e português, Francisco José de Assis, e de D. Maria Leopoldina Machado de Assis, aquele que viria a tornar-se o maior escritor do país e um mestre da língua perde a mãe muito cedo e é criado pela madrasta, Maria Inês, também mulata, que se dedica ao menino e o matricula na escola pública, única que frequentou o autodidata Machado de Assis.

Considerando os seus conhecimentos sobre os gêneros textuais, o texto citado constitui-se de

a) fatos ficcionais, relacionados a outros de caráter realista, relativos à vida de um renomado escritor. b) representações generalizadas acerca da vida de membros da sociedade por seus trabalhos e vida cotidiana. c) explicações da vida de um renomado escritor, com estrutura argumentativa, destacando como tema seus principais feitos. d) questões controversas e fatos diversos da vida de personalidade histórica, ressaltando sua intimidade familiar em detrimento de seus feitos públicos.

e) apresentação da vida de uma personalidade, organizada sobretudo pela ordem tipológica da narração, com um estilo marcado por linguagem objetiva.

Resposta: alternativa E.

A questão do Enem 2010 apresenta um fragmento da história de Machado de Assis. O texto não possui caráter ficcional, como as narrativas literárias, e, também por isso, a sua linguagem se torna mais objetiva. Percebe-se que as orações se organizam de forma cronológica, fornecendo características pontuais da “personagem” principal (Machado de Assis).

A alternativa “c” pode ser entendida como correta, a depender da leitura do participante. Entretanto, é importante observar que o texto não apresenta “explicações”, ou seja, não tenta ensinar ou instruir algo. Além disso, o texto descreve as características do escritor, mas não aponta seus feitos como  tema. As caracterizações no início do texto servem para contextualizar a personagem que será biografada.