Modalidade tenta ser incluída no programa dos Jogos OlímpicosApesar dos brasileiros reinvindicarem a paternidade do futsal, documentos indicam que o esporte teve origem no Uruguai, no começo da década de 30. A modalidade foi criada pelo professor argentino Juan Carlos Ceriani, na Associação Cristã de Moços (ACM) de Montevidéu. O esporte começou a ser praticado pela vontade de jogar futebol em ambientes fechados e menores que os campos oficiais. Para isso, eram utilizadas quadras de basquete e handebol, e os times tinham até 11 jogadores. Em 1940, o futsal chegou ao Brasil, também pela ACM, mas em São Paulo. E foi no país que o esporte se popularizou, a partir da década de 50, com a criação de vários times e torneios amadores. Em 1954 foi fundada a Federação Metropolitana de Futebol de Salão (atual Federação de Futebol de Salão do Estado do Rio de Janeiro), a primeira entidade estadual da modalidade. No ano seguinte, o clube Braz de Pina ganhou o primeiro campeonato oficial de futsal, o Torneio de Apresentação. A modalidade foi oficializada no Brasil em 1959 pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD), que uniformizou as regras do esporte, acabando com um conflito entre paulistas e cariocas na disputa. Em 1965, foi organizado o primeiro campeonato internacional, o Sul-Americano, no Paraguai, com vitória dos donos da casa. Seis anos depois nascia em São Paulo a Federação Internacional de Futebol de Salão (Fifusa), entidade criada para organizar o esporte no mundo. O primeiro Campeonato Mundial foi disputado em 1982, também em São Paulo, com vitória do Brasil. Três anos depois, a seleção repetiu o título, na Espanha. O domínio só foi quebrado em 1988, na Austrália, quando os brasileiros perderam a final para o Paraguai. Em 1989, a Fifa assumiu o controle do esporte, mudando o nome oficial da modalidade de "futebol de salão" para "futsal". No mesmo ano, a entidade organizou o seu primeiro Mundial, na Holanda, com nova vitória do Brasil. Os brasileiros ganharam os dois torneios seguintes, mas perderam a hegemonia em 2000, derrotados pela Espanha -que repetiu o feito em 2004. O futsal nunca esteve presente no programa dos Jogos Olímpicos e dos Jogos Pan-Americanos. Os organizadores esperam que a inclusão no Rio-2007 ajude o esporte a ser aceito como uma modalidade do futebol nas próximas Olimpíadas. do Aluno A sexta atividade propõe o início dos estudos sobre o futsal e é dividida em duas partes. Na primeira parte, sugerimos uma pesquisa em grupos sobre alguns tópicos importantes para conhecermos como se deu o desenvolvimento e a evolução da modalidade através do tempo e algumas de suas principais características. 1a Parte: Depois de termos experimentado um pouco do jogo de futsal, organize-se com os seus colegas em grupos de até cinco pessoas para realizarem uma pesquisa. Para auxiliá-los nesta pesquisa, abaixo indicamos alguns tópicos, cada grupo ficará respon- sável por um. • Futsal no Brasil: chegada do esporte no país, primeiros torneios, receptividade dos brasileiros. O futsal começou a ser praticado em 1930 por jovens frequentadores da Associação Cristã de Moços (ACM) de São Paulo e em Montevidéu, no Uruguai. Devido à dificuldade para encontrar campos de futebol, improvisaram “peladas” nas quadras de basquete e hóquei aproveitando as traves usadas na prática desse último esporte. O Uruguai, nos anos 30, era a grande referência no futebol, sua seleção foi bicampeã olímpica e sede da primeira Copa do Mundo de Futebol, promovida pela FIFA, sendo também a primeira seleção campeã. O futebol estava em alta nos dois países e o intercâmbio dentro das ACM era constante. Para os uruguaios, o criador do futsal foi o professor Juan Carlos Ceriani Gravier, da ACM de Montevidéu. Nesta associação, um grupo de jovens alunos, empolgados com o sucesso do futebol uruguaio, praticavam-no como recreação em quadras de basquete. Assim, o professor Ceriani preparou algumas regras do futsal em 1933, tomando como base quatro esportes: basquete, handebol, futebol e polo-aquático. Do basquete, além da quadra, adaptou a falta pessoal, a troca de jogadores e o tempo total de jogo; do handebol, o fato de não poder marcar gols de qualquer distância; do futebol, sua condição e do polo-aquático, quase todas as regras sobre o goleiro. Entretanto, os brasileiros, argumentam que o jogo praticado no Uruguai não estava ainda organizado e poderia ser praticado por cinco, seis e até sete jogadores. Nas décadas de 30 e CADERNO DO PROFESSOR88 40, este “protótipo” do que viria a ser o futebol de salão era intensamente praticado nas ACM dos dois países. Com isso concluímos que de fato, a prática de um tipo de futebol dentro de quadras começou na Associação Cristã de Moços, seja ela no Brasil ou no Uruguai. O futsal difundiu-se rapidamente por outros estados e na década de 50 começaram a ser fundadas as federações estaduais de futebol de salão. Até 1958, São Paulo e Rio de Janeiro disputavam a primazia do jogo, havendo divergências entre as regras locais. Tudo se resolveu com a oficialização da prática pela Confederação Brasileira de Desportos nesse ano, que padronizou as regras e aceitou as federações estaduais como filiadas. • Futsal antigamente: regras, características, formato de bolas e uso de uniformes. Para saber sobre as primeiras regras do basquetebol, sugerimos a consulta ao site da Revista Super Interessante, disponível em: <https://super.abril.com.br/ mundo-estranho/o-que-mudou-nas-regras-do-futsal-nos-ultimos-20- anos/>Acesso em 26 mar. 2020. • Futsal atualmente: principais mudanças; times masculinos e femininos. Para saber sobre as primeiras regras do basquetebol, sugerimos a consulta ao site Sport Manager 365, disponível em: <https://spm365.com/blog/ curiosidades/futsal-a-historia/>Acesso em 26 mar. 2020. • Futsal e mídias: influência de mídias na prática e consumo do esporte. Para saber mais sobre a influência das mídias na prática e no consumo do esporte, sugerimos a leitura do artigo: MARQUES, R.F.R. e JUNIOR, W. M. A cobertura midiática sobre o futsal masculino no Brasil: perspectiva dos atletas da seleção brasileira principal. Disponível em:<https://seer.ufrgs. br/Movimento/article/download/75560/52595>Acesso em 26 mar. 2020. Compartilhe com seu professor e colegas os resultados de sua pesquisa. Já na segunda parte, após a turma compartilhar os dados levantados em suas pesquisas e de terem discutido a respeito, propõe-se, novamente, a prática do jogo de futsal na quadra. Agora, a ênfase da prática do jogo deverá estar nos quesitos estudados anteriormente, tais como, as regras e o funcionamento do jogo. 2a Parte: Vamos para a prática? Com o seu professor e colegas, dirija-se até a quadra para a prática do jogo de futsal. PROFESSOR, 1 – Propicie momentos de discussão entre a turma sobre os dados levantados na pesquisa e procure sanar possíveis dúvidas; 2 – Desafie seus estudantes a elencarem as informações estudadas, anotando na lousa tudo o que for levantado por eles. https://super.abril.com.br/mundo-estranho/o-que-mudou-nas-regras-do-futsal-nos-ultimos-20-anos/ https://super.abril.com.br/mundo-estranho/o-que-mudou-nas-regras-do-futsal-nos-ultimos-20-anos/ https://super.abril.com.br/mundo-estranho/o-que-mudou-nas-regras-do-futsal-nos-ultimos-20-anos/ https://spm365.com/blog/curiosidades/futsal-a-historia/ https://spm365.com/blog/curiosidades/futsal-a-historia/ https://seer.ufrgs.br/Movimento/article/download/75560/52595 https://seer.ufrgs.br/Movimento/article/download/75560/52595 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CURRÍCULO PAULISTA 89 ATIVIDADE 7 – ASPECTOS TÉCNICOS E TÁTICOS DO FUTSAL. Página 57 no Caderno do Aluno Na sétima atividade são iniciados os estudos a respeito dos aspectos técnicos e táticos do futsal. A atividade é dividida em quatro partes. Na primeira parte, é apresentada a quadra do futsal com suas medidas oficiais para estu- do coletivo e com o professor e, em seguida, é sugerido buscar junto aos estudantes algum conhecimento prévio a respeito dos sistemas táticos que podem ser utilizados nas partidas. 1a Parte: No futsal, assim como no basquetebol, os treinadores (ou técnicos) também se utilizam dos aspectos técnicos e táticos para organizar as suas equipes em quadra, podendo organizá-las de maneira mais ofensiva, mais defensiva ou mais equilibrada (eficiência no ataque e defesa), de acordo com as necessidades observadas durante as partidas. A QUADRA DE JOGO Fonte: Diego Diaz Sanchez / Nabil José Awad Para suprir essas necessidades de organizar e posicionar os jogadores na quadra, foram criados os sistemas táticos, que possuem configurações específicas. CADERNO DO PROFESSOR90 -Você conhece algum destes sistemas táticos? É possível apresentá-lo para o restante da turma? Compartilhe conosco os seus conhecimentos! Na segunda parte, é apresentado no início, um quadro informativo com o posicionamen- to dos jogadores e a descrição de cada uma de suas funções em quadra, finalizando com a indicação de um vídeo que potencializa o aprendizado sobre esses conhecimentos. 2a Parte: Posições dos jogadores em quadra: As equipes de jogadores que atuam dentro da quadra de jogo são formadas por 5 joga- dores. Cada um deles possui uma função especial dentro da sua equipe, sendo: Goleiro (G): é o jogador responsável por defender e impedir que a bola ultrapasse a linha de meta de sua equipe. É o único que pode utilizar as mãos para lançar a bola para dentro da quadra de jogo. Além das mãos, em algumas situações, o goleiro também pode jogar com os pés, assim como os outros jogadores da equipe. Fixo (FX): é o jogador mais forte da equipe e que possui responsabilidade defensiva, atuando muito próximo à sua área de defesa. Auxilia a sua equipe orientando o posicionamento tático e a marcação dos jogadores adversários. Em algumas ocasiões, pode participar de situações ofensivas de sua equipe. Alas direito (AD) e esquerdo (AE): são jogadores velozes que atuam nas laterais da quadra, sendo um pelo lado direito e o outro pelo lado esquerdo. Têm a função de conduzir a bola da defesa para o ataque, sendo muito importantes na elaboração das jogadas ofensivas, recebendo passes do fixo e servindo o pivô. Também auxiliam na marcação nas situações defensivas. Pivô (PV): é o jogador mais forte da equipe e que atua muito próximo à área adversária, |