Enem 2010 por que pronunciamos muitas palavras

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de linguagem informal entrecortada por pausas. B vocabulário regional desconhecido em outras variedades do português. C realização do plural conforme as regras da tradição gramatical D ausência de elementos promotores de coesão entre os eventos narrados. E presença de frases incompreensíveis a um leitor iniciante. 16. (Enem 2010) As diferentes esferas sociais de uso da língua obrigam o falante a adaptá-la às variadas situações de comunicação. Uma das marcas linguísticas que configuram a linguagem oral informal usada entre avô e neto neste texto é A a opção pelo emprego da forma verbal “era” em lugar de “foi”. B a ausência de artigo antes da palavra “árvore”. C o emprego da redução “tá” em lugar da forma verbal “está”. D o uso da contração “desse” em lugar da expressão “de esse”. E a utilização do pronome “que” em início de frase exclamativa. http://carosamigos.terra.com.br/ 21 17. (Enem 2010) S.O.S. Português Por que pronunciamos muitas palavras de um jeito diferente da escrita? Pode-se refletir sobre esse aspecto da língua com base em duas perspectivas. Na primeira delas, fala e escrita são dicotômicas, o que restringe o ensino da língua ao código. Daí vem o entendimento de que a escrita é mais complexa que a fala, e seu ensino restringe-se ao conhecimento das regras gramaticais, sem a preocupação com situações de uso. Outra abordagem permite encarar as diferenças como um produto distinto de duas modalidades da língua: a oral e a escrita. A questão é que nem sempre nos damos conta disso. S.O.S Português. Nova Escola. São Paulo: Abril, Ano XXV, n. 231, abr. 2010 (fragmento adaptado). O assunto tratado no fragmento é relativo à língua portuguesa e foi publicado em uma revista destinada a professores. Entre as características próprias desse tipo de texto, identificam-se marcas linguísticas próprias do uso A regional, pela presença do léxico de determinada região do Brasil. B literário, pela conformidade com as normas da gramática. C técnico, por meio de expressões próprias de textos científicos. D coloquial, por meio do registro de informalidade. E oral, por meio do uso de expressões típicas da oralidade. 18. (Enem 2009 - cancelada) Esta gramática, pois que gramática implica no seu conceito o conjunto de normas com que torna consciente a organização de uma ou mais falas, esta gramática parece estar em contradição com o meu sentimento. É certo que não tive jamais a pretensão de criar a Fala Brasileira. Não tem contradição. Só quis mostrar que o meu trabalho não foi leviano, foi sério. Se cada um fizer também das observações e estudos pessoais a sua gramatiquinha muito que isso facilitará pra daqui a uns cinquenta anos se salientar normais gerais, não só da fala oral transitória e vaga, porém da expressão literária impressa, isto é, da estilização erudita da linguagem oral. Essa estilização é que determina a cultura civilizada sob o ponto de vista expressivo. Linguístico. ANDRADE, Mário. Apud PINTO, E. P. A gramatiquinha de Mário de Andrade: texto e contexto. São Paulo: Duas Cidades: Secretaria de Estado da Cultura, 1990 (adaptado). O fragmento é baseado nos originais de Mário de Andrade destinados à elaboração da sua Gramatiquinha. Muitos rascunhos do autor foram compilados, com base nos quais depreende-se do pensamento de Mário de Andrade que ele A demonstra estar de acordo com os ideais da gramática normativa. B é destituído da pretensão de representar uma linguagem próxima do falar. C dá preferência à linguagem literária ao caracterizá-la como estilização erudita da linguagem oral. D reconhece a importância do registro do português do Brasil ao buscar sistematizar a língua na sua expressão oral e literária. E reflete a respeito dos métodos de elaboração das gramáticas, para que ele se torne mais sério, o que fica claro na sugestão de que cada um se dedique a estudos pessoais. 19. (Enem 2009 - cancelada) A escrita é uma das formas de expressão que as pessoas utilizam para comunicar algo e tem várias finalidades: informar, entreter, convencer, divulgar, descrever. Assim, o conhecimento acerca das variedades linguísticas sociais, regionais e de registro torna-se necessário para que se use a língua nas mais diversas situações comunicativas. Considerando as informações acima, imagine que você está à procura de um emprego e encontrou duas empresas que precisam de novos funcionários. Uma delas exige uma carta de solicitação de emprego. Ao redigi-la, você A fará uso da linguagem metafórica. B apresentará elementos não verbais. C utilizará o registro informal. D evidenciará a norma padrão. E fará uso de gírias. 20. (Enem 2009 - cancelada) Vera, Sílvia e Emília saíram para passear pela chácara com Irene. - A senhora tem um jardim deslumbrante, dona Irene! - comenta Silvia, maravilhada diante dos canteiros de rosas e hortênsias. - Para começar, deixe o “senhora” de lado e esqueça o “dona” também - diz Irene, sorrindo. - Já é um custo aguentar a Vera me chamando de “tia” o tempo todo. Meu nome é Irene. Todas sorriem. Irene prossegue: - Agradeço os elogios para o jardim, só que você vai ter de fazê-los para a Eulália, que é quem cuida das flores. Eu sou um fracasso na jardinagem. BAGNO, M. A Língua de Eulália: novela sociolinguística. São Paulo: Contexto, 2003 (adaptado). Na língua portuguesa, a escolha por “você” ou “senhor (a)” denota o grau de liberdade ou de respeito que deve haver entre os interlocutores. No diálogo apresentado acima, observa-se o emprego dessas formas. A personagem Silvia emprega a forma “senhora” ao se referir à Irene. Na situação apresentada no texto, o emprego de “senhora” ao se referir à interlocutora ocorre porque Silvia A pensa que Irene a jardineira da casa B acredita que Irene gosta de todos que a visitam C observa que Irene e Eulália São pessoas que vivem em área rural D deseja expressar por meio de sua fala o fato de sua família conhecer Irene E considera que Irene uma pessoa mais velha com a qual não tem intimidade. 22 21. (Enem 2009) Veja, 7 maio 1997. Na parte superior do anúncio, há um comentário escrito à mão que aborda a questão das atividades linguísticas e sua relação com as modalidades oral e escrita da língua. Esse comentário deixa evidente uma posição crítica quanto a usos que se fazem da linguagem, enfatizando ser necessário A implementar a fala, tendo em vista maior desenvoltura, naturalidade e segurança no uso da língua. B conhecer gêneros mais formais da modalidade oral para a obtenção de clareza na comunicação oral e escrita. C dominar as diferentes variedades do registro oral da língua portuguesa para escrever com adequação, eficiência e correção. D empregar vocabulário adequado e usar regras da norma padrão da língua em se tratando da modalidade escrita. E utilizar recursos mais expressivos e menos desgastados da variedade padrão da língua para se expressar com alguma segurança e sucesso. 22. (Enem 2009) Quando eu falo com vocês, procuro usar o código de vocês. A figura do índio no Brasil de hoje não pode ser aquela de 500 anos atrás, do passado, que representa aquele primeiro contato. Da mesma forma que o Brasil de hoje não é o Brasil de ontem, tem 160 milhões de pessoas com diferentes sobrenomes. Vieram para cá asiáticos, europeus, africanos, e todo mundo quer ser brasileiro. A importante pergunta que nós fazemos é: qual é o pedaço de índio que vocês têm? O seu cabelo? São seus olhos? Ou é o nome da sua rua? O nome da sua praça? Enfim, vocês devem ter um pedaço de índio dentro de vocês. Para nós, o importante é que vocês

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seu léxico no eixo temporal. D o português brasileiro apoia-se no léxico inglês para ser reconhecido como língua independente. E o léxico do português representa uma realidade linguística variável e diversificada. 27. (Enem 2011) Motivadas ou não historicamente, normas prestigiadas ou estigmatizadas pela comunidade sobrepõem-se ao longo do território, seja numa relação de oposição, seja de complementaridade, sem, contudo, anular a interseção de usos que configuram uma norma nacional distinta da do português europeu. Ao focalizar essa questão, que opõe não só as normas do português de Portugal às normas do português brasileiro, mas também as chamadas normas cultas locais às populares ou vernáculas, deve-se insistir na ideia de que essas normas se consolidaram em diferentes momentos da nossa história e que só a partir do século XVIII se pode começar a pensar na bifurcação das variantes continentais, ora em consequência de mudanças ocorridas no Brasil, ora em Portugal, ora, ainda, em ambos os territórios. 13 CALLOU, D. Gramática, variação e normas. In: VIEIRA, S. R.; BRANDÃO, S. (Orgs.). Ensino de gramática: descrição e uso. São Paulo: Contexto, 2007 (adaptado). O português do Brasil não é uma língua uniforme. A variação linguística é um fenômeno natural, ao qual todas as línguas estão sujeitas. Ao considerar as variedades linguísticas, o texto mostra que as normas podem ser aprovadas ou condenadas socialmente, chamando a atenção do leitor para a A desconsideração da existência das normas populares pelos falantes da norma culta. B difusão do português de Portugal em todas as regiões do Brasil só a partir do séc. XVIII. C existência de usos da língua que caracterizam uma norma nacional do Brasil, distinta da de Portugal. D inexistência de normas cultas locais e populares ou vernáculas em um determinado país. E necessidade de se rejeitar a ideia de que os usos frequentes de uma língua devem ser aceitos. 28. (Enem 2011) MANDIOCA – mais um presente da Amazônia Aipim, castelinha, macaxeira, maniva, maniveira. As designações da Manihot utilissima podem variar de região, no Brasil, mas uma delas deve ser levada em conta em todo o território nacional: pão-de-pobre – e por motivos óbvios. Rica em fécula, a mandioca — uma planta rústica e nativa da Amazônia disseminada no mundo inteiro, especialmente pelos colonizadores portugueses — é a base de sustento de muitos brasileiros e o único alimento disponível para mais de 600 milhões de pessoas em vários pontos do planeta, e em particular em algumas regiões da África. O melhor do Globo Rural. Fev. 2005 (fragmento). De acordo com o texto, há no Brasil uma variedade de nomes para a Manihot utilissima, nome científico da mandioca. Esse fenômeno revela que A existem variedades regionais para nomear uma mesma espécie de planta. B mandioca é nome específico para a espécie existente na região amazônica. C “pão-de-pobre” é a designação específica para a planta da região amazônica. D os nomes designam espécies diferentes da planta, conforme a região. E a planta é nomeada conforme as particularidades que apresenta. 29. (Enem 2011) Há certos usos consagrados na fala, e até mesmo na escrita, que, a depender do estrato social e do nível de escolaridade do falante, são, sem dúvida, previsíveis. Ocorrem até mesmo em falantes que dominam a variedade padrão, pois, na verdade, revelam tendências existentes na língua em seu processo de mudança que não podem ser bloqueadas em nome de um “ideal linguístico” que estaria representado pelas regras da gramática normativa. Usos como ter por haver em construções existenciais (tem muitos livros na estante), o do pronome objeto na posição de sujeito (para mim fazer o trabalho), a não-concordância das passivas com se (aluga-se casas) são indícios da existência, não de uma norma única, mas de uma pluralidade de normas, entendida, mais uma vez, norma como conjunto de hábitos linguísticos, sem implicar juízo de valor. CALLOU, D. Gramática, variação e normas. In: VIEIRA, S. R.; BRANDÃO, S. (Orgs). Ensino de gramática: descrição e uso. São Paulo: Contexto, 2007 (fragmento). Considerando a reflexão trazida no texto a respeito da multiplicidade do discurso, verifica-se que A estudantes que não conhecem as diferenças entre língua escrita e língua falada empregam, indistintamente, usos aceitos na conversa com amigos quando vão elaborar um texto escrito. B falantes que dominam a variedade padrão do português do Brasil demonstram usos que confirmam a diferença entre a norma idealizada a efetivamente praticada, mesmo por falantes mais escolarizados. C moradores de diversas regiões do país que enfrentam dificuldades ao se expressar na escrita revelam a constante modificação nas regras de emprego de pronomes e os casos especiais de concordância. D pessoas que se julgam no direito de contrariar a gramática ensinada na escola gostam de apresentar usos não aceitos socialmente para esconderem seu desconhecimento da norma padrão. E usuários que desvendam os mistérios e sutilezas da língua portuguesa empregam formas do verbo ter quando, na verdade, deveriam usar formas do verbo haver, contrariando as regras gramaticais. 30. (Enem 2010) Venho solicitar a clarividente atenção de Vossa Excelência para que seja conjurada uma calamidade que está prestes a desabar em cima da juventude feminina do Brasil. Refiro-me, senhor presidente, ao movimento entusiasta que está empolgando centenas de moças, atraindo-as para se transformarem em jogadoras de futebol, sem se levar em conta que a mulher não poderá praticar este esporte violento sem afetar, seriamente, o equilíbrio fisiológico das suas funções orgânicas, devido à natureza que dispôs a ser mãe. Ao que dizem os jornais, no Rio de Janeiro, já estão formados nada menos de dez quadros femininos. Em São Paulo e Belo Horizonte também já estão se constituindo outros. E, neste crescendo, dentro de um ano, é provável que em todo Brasil estejam organizados uns 200 clubes femininos de futebol: ou seja: 200 núcleos destroçados da saúde de 2,2 mil futuras mães, que, além do mais, ficarão presas a uma mentalidade depressiva e propensa aos exibicionismos rudes e extravagantes. Coluna Pênalti. Carta Capital. 28 abr. 2010. O trecho é parte de uma carta de um cidadão brasileiro, José Fuzeira, encaminhada, em abril de 1940, ao então Presidente da República Getúlio Vargas. As opções linguísticas de Fuzeira mostram que seu texto foi elaborado em linguagem A regional, adequada à troca de informações na situação apresentada. B jurídica, exigida pelo tema relacionado ao domínio do futebol. C coloquial, considerando-se que ele era um cidadão brasileiro comum. 14 D culta, adequando-se ao seu interlocutor e à situação de comunicação. E informal, pressupondo o grau de escolaridade de seu interlocutor. 31. (Enem 2010) S.O.S. Português Por que pronunciamos muitas palavras de um jeito diferente da escrita? Pode-se refletir sobre esse aspecto da língua com base em duas perspectivas. Na primeira delas, fala e escrita são dicotômicas, o que restringe o ensino da língua ao código. Daí vem o entendimento de que a escrita é mais complexa que a fala, e seu ensino restringe-se ao conhecimento das regras gramaticais, sem a preocupação com situações de uso. Outra abordagem permite encarar as diferenças como um produto distinto de duas modalidades da língua: a oral e a escrita. A questão é que nem sempre nos damos conta disso. S.O.S Português. Nova Escola. São Paulo: Abril, Ano XXV, n. 231, abr. 2010 (fragmento adaptado). O assunto tratado no fragmento é relativo à língua portuguesa e foi publicado em uma

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