Como comparar dpi com tamanho

Como saber o DPI do Mouse DPI do Mouse. Uma das dúvidas mais comuns que usuários que estão começando a entender sobre periféricos, em especial sobre mouses, é se existe uma faixa de DPI ideal para jogar, principalmente em jogos que exigem uma precisão maior, como os de tiro em primeira pessoa (FPS). Existe uma


DPI do Mouse. Uma das dúvidas mais comuns que usuários que estão começando a entender sobre periféricos, em especial sobre mouses, é se existe uma faixa de DPI ideal para jogar, principalmente em jogos que exigem uma precisão maior, como os de tiro em primeira pessoa (FPS).

Existe uma série de fatores que influenciam no quão preciso um mouse pode ser e uma das principais variáveis é a implementação do seu sensor, por isto que alguns podem até utilizar o mesmo modelo de sensor, mas terem desempenhos completamente diferentes, como o mouse PMW3310 utilizado nos mouses da Zowie, que têm um Lift-off Distance (LOD) absurdamente menor do que os mouses da Ducky, que utilizam o mesmo componente.

Leia também: Afinal, mouse gamer dá skill?

A precisão de sensores em diferentes faixas de DPI

Uma das poucas características que dificilmente mudam de uma implementação para a outra é a precisão de determinadas faixas de DPI do mouse, então, a não ser que um sensor seja absurdamente mal implementado, a tendência é que faixas de DPI do mouse se tornem cada vez mais imprecisas conforme aumentam, podendo variar de acordo com as capacidades de cada modelo.

Um bom exemplo que podemos utilizar é o PMW3389 do Razer DeathAdder Elite, considerado como um dos melhores sensores do mundo. Ele suporta uma resolução máxima nativa de até 16000 DPI, no entanto, conforme aumentamos os valores a precisão cai. Utilizando o mouse em faixas de DPI abaixo de uma média de 8000 podemos dizer que o sensor é bastante preciso e consistente, no entanto, quando passamos deste limite a qualidade do rastreio cai exponencialmente.

Testes de jitter e prediction no Razer DeathAdder Elite em 5000DPI

Para termos um bom parâmetro de comparação podemos utilizar o PMW3310 novamente em outro exemplo. Este sensor tem uma resolução máxima nativa de 5000DPI e todos sabemos que ele é considerado um modelo excelente, pois é utilizado nos mouses da Zowie, que é referência em qualidade nos e-sports. No entanto, se utilizado em faixas acima de 3200DPI, o PMW3310 perde muita consistência e precisão, sofrendo com problemas de jitter principalmente, o que podemos ver no Ducky Secret em 5000DPI. É exatamente por isto que a Zowie só permite faixas de até 3200DPI em seus mouses.

Testes de jitter e prediction no Ducky Secret M em 5000DPI

Leia também: Mouse com Button Response Time alto é ruim?

A evolução do sensores

É bastante comum vermos usuários apontando a pouca diferença de precisão que sensores topos de linha possuem em relação a outros, no entanto, isto é facilmente explicado pela estagnação do mercado na produção de novos modelos, afinal, até sensores mais baratos como um PMW3330 já são capazes de oferecer uma precisão excelente em faixas de DPI convencionais. É exatamente aqui que percebemos no que os sensores ainda podem e devem evoluir: DPIs mais altas.

Um dos motivos para novos sensores estarem melhorando cada vez mais em DPIs altas é justamente a evolução da resolução de monitores, afinal, não é tão interessante utilizar 800DPI em um monitor 4K quanto é em um monitor Full-HD, pois a quantidade de pixels na tela é muito maior, o que faz com que o cursor se mova em uma velocidade mais lenta.

Sensor PMW3330 do MasterMouse S

Por que não utilizar menos de 800DPI?

O principal motivo para você não utilizar faixas de DPI abaixo de 800, como a de 400 que geralmente vemos nativamente implementada, é porque você provavelmente vai sofrer com o famoso “pixel skipping”, que muitas vezes é relacionado com a baixa capacidade do sensor em registrar altas velocidades,  mas também pode ser constatado em velocidades baixas demais.

Quando o seu sensor está trabalhando em 400DPI, ele literalmente está registrando 400 pontos a cada polegada que percorre. Quanto maior for a sensibilidade utilizada nas configurações de um jogo, mais você estará forçando uma distância maior para estes poucos 400 pontos, ou seja, o espaço entre cada ponto registrado fica maior de acordo com o quanto você aumenta a sensibilidade, causando o pixel skipping e destruindo a sua precisão em movimentos pequenos.

O efeito pode ser visto no vídeo abaixo, embora a explicação do autor não esteja tão precisa…

Leia também: O que significa IPS ou G em mouses?

Mas então, qual faixa de DPI devo usar no meu mouse?

É bastante difícil dizer qual é a melhor faixa de DPI do mouse sem realizar alguns testes nele, no entanto, se você prefere não procurar reviews técnicos sobre ele, o que podemos garantir é que qualquer sensor com o mínimo de qualidade nos dias de hoje precisa oferecer o máximo possível de precisão entre 800 e 3200DPI no mínimo. Se você utiliza um monitor Full-HD, dificilmente você vai precisar mais do que isto.

Caso você ache que 3200DPI ainda é muito pouco para você utilizar em jogos sugiro que você aumente a sua sensibilidade nas configurações do jogo em questão, pois, se você não souber se o sensor do seu mouse oferece o máximo de precisão acima disto, é melhor não arriscar.

Este é um engano muito comum na literatura sobre imagens digitais para internet. Ano após ano, este mito é passado adiante. O que me permitiu ganhar muitas apostas de cerveja contra webdesigners .

  • O conto é este:Trabalhar imagens a 72 dpi deixaria menor o tamanho do arquivo digital.
  • O fato é este:DPIs (dots per inch) referem-se a pontos por polegada no papel. É uma medida que tem como referência a resolução de impressoras. Na internet, esse valor não faz qualquer sentido, porque os monitores não obedecem à medida “polegada”, mas à medida “pixel”.

Modificar o valor de DPI não faz a menor diferença no tamanho do arquivo digital. Como exemplo, veja as fotos da Suicide Girl abaixo: uma delas foi gravada a 72 DPI e a outra, a 300dpi. Repare como a quantidade de bytes de cada arquivo é idêntica.

108 x 128 pixels 

72dpi

14074 bytes

108 x 128 pixels 

300dpi

14074 bytes

Comparei os dois arquivos com o Rixcomp, que mostra apenas os bytes que diferem, em dois arquivos. Comparando os dados das imagens, vi que os únicos bytes diferentes entre as duas imagens são 4. Suponho que é onde os valores de DPI são armazenados, numa imagem JPG:

O valor de DPI fica nos quatro bytes a partir da posição 0E (hexadecimal) do arquivo JPEG (em decimal, as posições são 14, 15, 16 e 17). Como os números hexadecimais se repetem (0048 e 012C), nos dois arquivos, suponho que a resolução seja para a orientação horizontal e vertical (não conheço as especificações JPEG. Quem souber, deixe um comentário nesta matéria).

Então, pela calculadora do Windows, fico sabendo que a notação hexadecimal 0048 representa a mesma quantidade que a notação decimal 72, e que a notação hex 012C corresponde à notação decimal 300. Isso confirma minhas suspeitas: ali ficam armazenas as informações sobre a escala da foto (os DPI).

A simples mudança destes valores não causa qualquer aumento do tamanho do arquivo digital, pois qualquer valor ocupará sempre 4 bytes.

Por que a informação de DPI existe

A importância dos DPIs vem à tona quando a gente baixa estas fotos e cola no PageMaker (não adianta copiar as imagens pelo botão direito do mouse e colar num programa de edição: você tem que baixar aqueles arquivos que preparei). Como o PageMaker é um programa orientado ao papel, ele adapta o tamanho da fota às DPIs, ao importar imagens:

Embora fossem fotos idênticas, elas foram coladas e consideradas pelo PageMaker como tendo dimensões diferentes. Repare como a foto em 96 dpi ficou com quase uma polegada. E a que tem 300 dpi ficou com um terço de polegada. Mas repare também que a foto com 300 dpi pode ser ampliada 300% e ficar tão boa quanto a foto com 96 dpi, já que as duas têm as mesmas dimensões em pixels.

Suspeito que o maior responsável por esse engano (de achar que DPI têm importância em fotos digitais) se deve à interface ambígüa dos programas de tratamento de fotos como Photoshop, feitos para artes gráficas em papel.

Para arte digital, quando se vai reescalonar a foto, a gente deve escolher a opção de “não modificar o tamanho da imagem” (ou algo similar), ao modificar os DPIs. É aí que os webdesigners se perdem…

Mais teoria sobre imagens fixas

Artigos relacionados

Última postagem

Tag