A fragmentação da litosfera terrestre que originou as placas tectônicas.
Os antecedentes
Talvez uma das maiores descobertas da geociência foi a fragmentação da litosfera terrestre em cerca de 12 partes, não iguais, que se movimentam em direções opostas, (divergente) na mesma direção, ( convergente) ou horizontalmente (transformantes). Esta descoberta começou a ser estudada por Alfred Wegener que em seu livro “The Origins of Continents and Oceans” o qual mostrou evidencias de rochas, de mesma composição, (feições geológicas) e fósseis em diversos continentes, principalmente no Americano e Africano, depois divulgou o que ele chamava de Pangéia um continente unificado. Wegener como sabemos não estava errado na deriva continetal, mas errou em outros aspectos como a velocidade e o que movia os continentes, isso fez com que sua teoria fosse desacreditada pelos cientistas da época.
A teoria da tectônica de placas
Depois de mais de meio século de pesquisas e análises por volta de 1970 a ciência adotou esta teoria. Segundo a teoria o mundo seria dividido em cerca de 12 grandes placas(figura2) que se movem em cima do manto terrestre lembrando que a terra é dividida em núcleo, manto e litosfera para os geólogos. Hoje sabemos que a grande atividade geológica está nos limites de placas, nelas podemos encontrar vulcões, cadeia de montanhas, terremotos, riftes entre outros, isso ocorre devido a cada tipo de movimento que acontece nos limites estes movimentos são divididos em três categorias: Limite divergente este limite promove um movimento de afastamento das placas provocando uma criação de uma nova litosfera, um exemplo seria a Dorsal Mesoatlântica ali estão se afastando a placa da América do sul e da África ou da America do norte e a Eurasiana nesta grande espinha embaixo do oceano atlântico a uma formação de montanhas e uma intensa atividade vulcânica e sísmica. Limite convergente principal formador de grandes cadeias de montanhas como os Andes e o Himalaia. Nesta categoria temos três tipos diferentes de encontros entre placas, temos o encontro continente-continente formador de Himalaia, o continente-oceano formador dos Andes e por último temos o oceano-oceano neste caso temos as ilhas onde o Japão foi formado como principal exemplo. Limites transformantes são locais onde as placas deslizam horizontalmente um exemplo é a falha de San Andreas nos EUA. Recentemente ocorreu um forte terremoto que devastou a capital do Haiti, Porto Príncipe, ele aconteceu devido um movimento horizontal de duas placas.
O que move as placas? Hoje sabemos que é a convecção do manto terrestre que através da mudança de temperatura faz um movimento cíclico empurrando a placa. Também sabemos que as placas se constroem como na Dorsal Mesoatlantica, mas que também são destruídas, por exemplo, nos Andes estes acontecimentos podemos chamar de reciclagem, pois em um limite se constrói e em outro se destrói. Temos então desvendada a teoria das placas tectônicas sabemos o que as movem e como se reciclam temos uma teoria que hoje é a mais usual para todos os cientistas.
Para Entender a Terra: Press, Frank; Siever, Raymond; Jordan, Thomas; Grotzinger, John : Bookman 2006 4 edição 606 pag.
Publicado por: Thiago Gomes Rios
As placas tectônicas podem ser consideradas como blocos gigantescos de rochas, possuindo diversos tamanhos e formatos, além de contar com quilômetros de extensão.
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“Os deslocamentos das placas recebem o nome de tectonismo. São movimentos que provocam modificações na superfície terrestre, uma vez que acarretam a colisão de duas ou mais placas.” (TAMDJIAN, 2012, p. 80)
Conhecer a movimentação das placas é importante para compreender a formação do relevo terrestre, bem como os outros fatores que estão associados com este, como o clima. Os três movimentos das placas são:
- Convergente: Quando ocorre a colisão entre as placas. Movimento responsável pela formação das cadeias de montanhas. Fenômenos comuns nestas áreas são os terremotos e as erupções vulcânicas.
- Divergentes: Quando há o afastamento entre as placas. Percebe-se de forma sútil quando verificado o afastamento entre os continentes, como no caso do africano e do americano. A velocidade com que esse movimento ocorre é imperceptível cotidianamente.
- Transformantes: As placas deslocam-se lateralmente, ocasionando os terremotos.
As áreas em que ocorrem esses fenômenos são chamadas de zonas de convergência e zonas de divergência. Quando a convergência ocorre entre as placas continentais e oceânicas, a densidade maior da placa oceânica faz com que ela mergulhe sob a placa continental, afundando-se na astenosfera (zona do manto externo, ela é mais liquida do que a litosfera), e ao entrar em fusão, dá origem às fossas abissais. A placa continental sofre um soerguimento, dobrando-se e formando as cordilheiras. Abaixo é demonstrada a constituição das fossas abissais (ou oceânicas), e a formação das cordilheiras. A litosfera, no caso, são as placas:
As placas tectônicas estão dividas da seguinte forma na crosta terrestre:
É nas bordas das placas tectônicas em que são verificadas as maiores instabilidades, podendo ocorrer fissuras. Nestas áreas estão localizados os mais frequentes registros de abalos sísmicos e atividades vulcânicas. A região mais conhecida por estes fenômenos é o “Círculo de Fogo do Pacífico”. Essa região possui formato semelhante a uma “ferradura”, e abrange a costa do continente americano, além do Japão, Filipinas, Indonésia, Nova Zelândia e ilhas do Pacífico Sul, circundando a bacia do pacífico, conforme imagem abaixo:
Teoria da Deriva Continental
Alfred Wegener foi o responsável pela formulação da Teoria da Deriva Continental.
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“Baseando-se em evidencias fósseis e na observação detalhada do mapa-múndi (no qual se destacava a similaridade entre o litoral da África Ocidental e o leste da América do Sul, e seu possível encaixe), ele postulou que há cerca de 220 milhões de anos – quando os dinossauros habitavam a Terra – as terras emersas teriam formado um único continente.” (SILVA, 2013, p. 98)
Este único continente foi chamado de Pangeia. O qual foi se fragmentando ao longo dos milhares de anos seguintes, dando origem aos continentes e oceanos atuais. O esquema abaixo mostra como supostamente teria ocorrido a fragmentação da Pangeia:
Conforme demonstra a imagem, inicialmente a Pangeia haveria se dividido em apenas duas partes: a Laurásia no hemisfério Norte, e o Gondwana no Hemisfério Sul. Sendo que a partir destas duas, as divisões se perpetuaram, dando origem aos continentes terrestres. Além das similaridades entre as bordas dos continentes, os pesquisadores tomaram como evidência da origem de um continente único, a existência de fósseis e plantas similares entre os continentes, dando-se o entendimento de que os animais possuíam plenas condições de se deslocar sem limitações físicas.
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Apesar da teoria de Wegener encontrar algumas limitações, anos após a morte dele, pesquisadores retomaram suas ideias e formularam diversas outras teorias, respondendo as questões que pareciam não solucionáveis no contexto de Wegener. Algumas das principais contribuições que surgiram ao longo dos anos para decifrar o movimento dos continentes foram: a existência do assoalho oceânico e as cadeias de montanhas submarinas, a magnetização da crosta terrestre, as reversões do campo magnético, as hipóteses sobre o afastamento do assoalho oceânico, os estudos sobre vulcanismo e terremotos, dentre outras. Todas essas descobertas levaram ao conhecimento sobre a tectônica de placas, tal qual é conhecida hoje.
Sugestão complementar
Documentário: “Terra: um planeta fascinante”, do Discovery Channel.
Referências
LUCCI, Elian Alabi (Org.) Território e Sociedade no mundo globalizado: Geografia. Ensino Médio. São Paulo: Saraiva, 2010. SILVA, Angela Corrêa da. Geografia: contextos e redes. São Paulo: Moderna, 2013.
TAMDJIAN, James Onnig. Geografia: estudos para a compreensão do espaço – como funciona o mundo. 6º ano. São Paulo: FTD, 2012.