Com base nesse texto, o g20 constitui um grupo de países que tem como objetivo

Com base nesse texto, o g20 constitui um grupo de países que tem como objetivo
As lideranças na cúpula do G20. Fotos: Beto Barata/PR

Nesta semana começou a reunião de cúpula do G20, um grupo formado por países com as mais expressivas economias do mundo, que juntos debatem os caminhos para manter estável a economia do planeta. Estimativas apontam que se somados os países membros do G20, eles são responsáveis por aproximadamente 90% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, 80% do comércio internacional e cerca de 65% da população do planeta.

Entenda como surgiu este grupo, quais são seus países membros e como eles trabalham para garantir o bom funcionamento da economia mundial.

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O Grupo dos 20 (G20) é um fórum informal constituído por representantes de dezenove países e da União Europeia. É uma espécie de fórum de cooperação e consulta sobre diversos assuntos financeiros internacionais.

Com reuniões que acontecem todo ano, o G20 tem como objetivo aproximar países com economias desenvolvidas ou em desenvolvimento, para que juntos cheguem a soluções que estabilizem o mercado financeiro mundial, além de incentivar negociações econômicas internacionais e definir estratégias para um desenvolvimento econômico .

Entre os países que compõem o G20 estão aqueles  que também formam o grupo G8. Esses países são: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido e Rússia.

Os outros países que também formam o grupo, os considerados emergentes ou em desenvolvimento são: Brasil, China, Argentina, México, Índia, Austrália, Indonésia, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul e Turquia. O bloco da União Europeia é considerado o vigésimo membro e representado pelo Banco Central Europeu e pela presidência rotativa do Conselho Europeu.

Pela sua alta influência no contexto financeiro internacional, o G20 conta também com representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.

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O G20 também pode ser chamado G20 Financeiro, como forma de diferenciá-lo de um outro grupo semelhante: o G20 Comercial. A diferença é que enquanto o primeiro é formado por países desenvolvidos e subdesenvolvidos com o objetivo de discutir normas para manter o mercado financeiro internacional equilibrado, o G20 Comercial é um grupo constituído apenas por países emergentes cujo objetivo é fomentar as relações comerciais, buscando defender seus interesses agrícolas diante das nações mais ricas.

Muito antes da criação do G20, as principais potências econômicas já se reuniam para discutir os caminhos da economia mundial. Antes compreendido como G7 e posteriormente como G8, estes grupos passaram a ser vistos como obsoletos em função das enormes mudanças acontecidas ao fim do século XX.

A nova realidade exigia o estabelecimento de maior cooperação entre países, assim como a incorporação das nações emergentes às discussões. Com a crise econômica em 2008, o então presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, convidou os líderes das vinte mais importantes economias para uma reunião em Washington, capital estadunidense.

O objetivo da reunião era encontrar uma solução para a crise financeira que assolava todo o mundo. Assim ocorre a reformulação do G8, que se tornou o G20 em 2008, ano em que suas ações foram decisivas para ajudar os países a superarem a crise econômica.

Desde o surgimento do G20, seus integrantes se reúnem duas vezes por ano, uma para os ministros da economia e presidentes do Banco Central (reunião ministerial) e outra para os chefes de estado (reunião de cúpula).

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Visando manter o fórum como um ambiente democrático, o G20 não possui direção permanente. A presidência e o secretariado do grupo atuam de maneira anual e rotativa. A presidência funciona por um sistema chamado de “troika” no qual se apoiam o país membro passado, o atual e o que futuramente presidirá. O Brasil foi presidente do grupo em 2008 e atualmente o cargo é ocupado pela Alemanha.

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A reunião do G20 mal começou e já tem sido marcada por uma série de protestos, que tornam ainda mais difíceis as principais discussões da cúpula: as mudanças climáticas e o livre comércio. É também o primeiro encontro do G20 com a participação de Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos que chega à reunião disposto a evidenciar o autoisolamento do país em ambas as pautas a serem discutidas.

Além do encontro principal da cúpula, o encontro do G20 proporcionará a primeira reunião oficial entre o presidente estadunidense e Vladimir Putin, presidente da Rússia, o que é considerado um encontro de alto risco em função das divergências entre os dois líderes.

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Fontes: El País – InfoEscola – Banco Central – R7 – Mundo Educação – Brasil Escola – MEC

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O Grupo dos 20, ou, G-20 é um fórum que reúne os principais países industrializados e emergentes do mundo. Inicialmente, o Grupo dos 20 era um meio de diálogo informal entre ministros de finanças e representantes das áreas econômicas dos países-membros.

Entretanto, com a crise financeira de 2008 que assolou a economia de muitos países e mostrou a dificuldade dos países centrais de superá-la, houve a importância de reconhecer e ampliar a influência econômica e política dos países emergentes.

Sendo assim, o G-20 ganhou relevância, e passou a ser representada pelos chefes de Estado dos países participantes, tornando-se o fórum central para a cooperação econômica internacional.

Objetivos e países participantes

Com base nesse texto, o g20 constitui um grupo de países que tem como objetivo

Bandeiras dos países do G20. Ilustração: Alexey Struyskiy / Shutterstock.com

O G-20 é o principal fórum que discute aspectos da governança econômica mundial capaz de influenciar a agenda internacional. Os seus participantes que promovem debates sobre os principais problemas globais são:

  • Países desenvolvidos: Alemanha, Austrália, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.
  • Países emergentes: África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Brasil, China, Coreia do Sul, Índia, Indonésia, México, Rússia e Turquia.

Esses 19 países mais a União Europeia –também participante - equivalem a dois terços da população mundial, detém 80% do comércio e 85% da riqueza produzida em todo mundo.

O objetivo do G-20 é promover o debate construtivo entre países industrializados e emergentes sobre assuntos importantes destinados ao equilíbrio econômico global.

É visado também o incentivo da formação consensual entre os países participantes sobre questões internacionais, seja na área financeira ou política, no sentido de tomar medidas conjuntas voltadas ao crescimento econômico dos países e para o desenvolvimento sustentável.

Com o colapso financeiro que o mundo viveu durante a crise econômica de 2008, a entrada de países emergentes foi motivada pela necessidade de injeção de recursos ao sistema financeiro graças às reservas monetárias existentes nessas nações.

Esse montante arrecadado junto aos emergentes auxiliaram na recuperação econômica e no salvamento de muitos bancos e empresas que entraram em estado de falência durante a crise.

Desse modo, as discussões do G-20 estavam voltadas para os impactos negativos da globalização que desencadearam a crise de 2008, como a volatilidade econômica – que aumentou os riscos de investimento na bolsa de valores -, o desemprego estrutural e o crescimento da desigualdade mundial.

Com as iniciativas econômicas voltadas para a recuperação do sistema financeiro internacional, a agenda da regulação tinha como objetivo evitar uma nova crise, levantando pautas como a taxação de fluxos financeiros e paraísos fiscais e o aumento da participação dos países emergentes nas ações do FMI e Banco Mundial.

Após esse processo de estabilização econômica, o G-20 ampliou sua agenda debatendo sobre combate ao desemprego, à pobreza, às negociações referentes aos protocolos firmados para reduzirem os impactos das mudanças climáticas e a crise do padrão energético mundial.

Os desafios do G-20

Constitui como um dos desafios para o grupo, apresentar alguma relevância para o rumo dos mercados financeiros a âmbito mundial. Muito se critica que o G-20 é visto por algumas autoridades como um simples compromisso protocolar, ou uma ocasião para estabelecer e firmar acordos bilaterais entre países.

Outro desafio do G-20 é sobrepor a promoção da integração entre os países-membros, em contraponto aos interesses individuais de alguns países. Ultimamente, tem crescido o movimento de “desglobalização” como forma de valorizar e impor um nacionalismo protecionista, como são os casos do governo de Donald Trump nos Estados Unidos e a saída do Reino Unido da União Europeia nomeada de “Brexit”.

Na última reunião do G-20, realizada em Junho, no Japão, teve como preocupação central o apaziguamento entre a tensão comercial entre os Estados Unidos e a China que tem afetado os mercados globais. Perante ao conflito, o documento protocolado ao fim da reunião frisa que o grande desafio atual é firmar um compromisso por um mercado livre, justo e aberto entre os países.

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Referências:

G-20: o que é e como atua? Disponível em: http://www.equit.org.br/novo/wp-content/uploads/2013/03/G20.pdf

http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2019-06/g20-alerta-para-riscos-ao-crescimento-global-por-tensoes-geopoliticas

http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/diplomacia-economica-comercial-e-financeira/15586-brasil-g20