Assinale a alternativa que não corresponde à acepção do autor em relação ao teatro do oprimido

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Para iniciar uma abordagem sobre o “Teatro do Oprimido”, torna-se necessário uma apresentação de seu criador, o dramaturgo, diretor e teórico de teatro Augusto Boal, nascido no Rio de Janeiro em 1931, cujo nome completo é Augusto Pinto Boal. Este carioca que atualmente dirige centros de teatro na França e no Rio de Janeiro busca sempre lutar contra todas as formas de opressão, desenvolvendo na sua luta a favor dos explorados e oprimidos, um teatro de cunho político, libertário e transformador. No período em que a ditadura militar reprimiu com maior força a voz do povo e de seus representantes, nos diferentes âmbitos sociais, Boal aliou-se a educadores e intelectuais da América Latina, dispostos a desenvolverem uma tomada de consciência dos oprimidos, a começar pelo projeto de alfabetização, ALFIN – Programa de Alfabetização Integral, no Peru, na década de setenta, cuja concepção metodológica do projeto era inspirada na pedagogia do oprimido de Paulo Freire.

O “Teatro do Oprimido”, de acordo com o próprio Boal, pretende transformar o espectador, que assume uma forma passiva diante do teatro aristotélico, com o recurso da quarta parede, em sujeito atuante, transformador da ação dramática que lhe é apresentada, de forma que ele mesmo, espectador, passe a protagonista e transformador da ação dramática. A idéia central é que o espectador ensaie a sua própria revolução sem delegar papéis aos personagens, desta forma conscientizando-se da sua autonomia diante dos fatos cotidianos, indo em direção a sua real liberdade de ação, sendo todos “espect-atores”.

A poética do Teatro do Oprimido está organizada em diferentes formas/técnicas de ações dramáticas, acrescentando que para Boal o teatro é ação.

O “Teatro-Jornal” foi uma forma de ação teatral desenvolvida por Boal no Teatro de Arena, em São Paulo, no período anterior a sua saída do Brasil por força da ditadura daquele momento. Desde 1956 ele dirigia o teatro de Arena, onde permaneceu por quinze anos consecutivos. Esta técnica pretende que se transforme quaisquer notícias de jornal, ou qualquer outro material sem propósito dramático, em cenas ou ações teatrais. Segue as possibilidades de trabalho com o Teatro-jornal:

“Leitura simples” - destaca-se a notícia que se pretende trabalhar, e faz uma leitura da mesma, de forma objetiva desvinculando-a da ideologia do jornal em que ela se encontra.

“Leitura cruzada” – Busca-se duas fontes da mesma notícia e faz-se a leitura de ambas ao mesmo tempo, de forma que surjam novos olhares.

“Leitura complementar” – Acrescenta-se dados/fatos que foram omitidos na notícia, para direcionar o pensamento do leitor.

“Leitura com ritmo” – A notícia é anunciada pelo canto, escolhendo-se um ritmo musical que funcione como “filtro” crítico do que se está falando.

“Ação paralela” – Cria-se cenas de mímica ou de “fisicalização” paralelamente a leitura da notícia.

“Improvisação” – explorar a maior possibilidade de improvisação de cenas sobre a notícia.

“Histórico” – Apresentar a notícia e encenar, paralelamente, cenas de fatos históricos idênticos a ela, já acontecidos em outros tempos e espaços.

“Reforço” – utilização de canto, dança, retro-projetor, jingles de publicidades e outros artifícios que reforce o que está sendo lido.

“Concreção da abstração” – Busca-se o que está implícito na notícia (normalmente fatos que oprimem) e revela na forma concreta da imagem, através de grafismos ou cenas dramáticas.

“Texto fora do contexto” – Encenar a notícia num contexto ao qual ela não caberia, como por exemplo, um pastor coberto de ouro e com vários seguranças, pregando aos seus fiéis o desapego material.

O “Teatro-Imagem”, que integra a estética do Teatro do Oprimido, tem a intenção de ensaiar uma transformação da realidade, através do uso da imagem corporal. Primeiramente, um ator decide um tema problema a ser tratado, que pode ser local ou global, mas que de certa forma tenha um significado para a maioria do grupo. Em seguida alguns atores se disponibilizam no espaço cênico como massas moldáveis, ou melhor, futuras estátuas, o ator protagonista vai esculpindo essas estátuas buscando representar imageticamente a situação em questão. É fundamental que haja silêncio total. Ao montar o quadro vivo os espect-atores são convidados a modificarem as imagens problema para uma situação ideal. Por fim, cria-se a imagem de transição entre o problema e a solução.

O “Teatro-Fórum” é uma técnica em que os atores representam uma cena até a apresentação do problema, e em seguida propõem aos espectadores que mostrem, por meio da ação cênica, soluções para o então problema apresentado.

Outra possibilidade de ação dramática dentro do arsenal do Teatro do Oprimido é o “Teatro Invisível”, cuja proposta é a representação de uma cena diante de pessoas que não sabem que estão sendo espectadoras da ação dramática, e precisa acontecer num ambiente diferente do teatral, o mais dentro do cotidiano das pessoas. Para esta forma de apresentação é preciso a preparação de um roteiro de improvisação, onde já se ensaie a possível interferência do espectador no ato estético coletivo. Cabe aos atores prolongarem a discussão dos espectadores a respeito do tema abordado na cena, de forma que outros “atores anônimos” se insiram no contexto e reafirme a veracidade da ação para o espectador, que neste momento já passa a ser protagonista da ação teatral proposta. É imprescindível o caráter invisível dos atores para que os espec-atores atuem com liberdade.

O “Teatro-fotonovela” apresenta uma forma de desmistificação da Fotonovela, por ser uma literatura direcionada as classes mais baixas da população, isto antes da popularização da TV, e por veicular uma ideologia própria das classes dominantes. Na prática é fazer a leitura de uma fotonovela, sem que os atores saibam que se trata de um folhetim fotografado, enquanto esses atores vão interpretando a história que está sendo lida. Em seguida partem para refletir sobre as ações que foram produzidas pelos atores e as que estão publicadas paralelamente as falas, com isto, é comum perceber distorções, pela minoria que produz essas fotonovelas, em relação a real situação dos sujeitos mencionados pela história.

A “Quebra de Repressão” é uma técnica de ensaio para resistência a uma repressão futura. Consiste em solicitar a um participante que relembre um momento ao qual tenha sido vítima de uma repressão. Então esta pessoa escolhe outras presentes para lhe auxiliar na reconstrução da cena já vivenciada. Após a dramatização da vivência, pede-se que o protagonista resista a tal opressão e que os outros espect-atores mantenham as ações repressivas.

Há ainda outras técnicas desenvolvidas por Boal, como o “Teatro Mito”, que propõe evidenciar as verdadeiras características dos mitos, o “Teatro-Julgamento”, onde há uma improvisação cênica e posteriormente, busca-se retirar as máscaras sociais de cada personagem, e ainda, uma técnica do teatro popular, denominada “Rituais e Máscaras”, que consiste em descaracterizar as convenções, ou posturas, impostas nas relações sociais principalmente em níveis diferentes, coisificando um ser humano diante do outro.

Dentro do “Teatro do Oprimido” existe uma figura muito importante para o desenvolvimento da cena junto aos espectadores, esta peça é o “Curinga”. O Curinga é um técnico artístico-pedagógico que tem a função de formar grupos, ministrar oficinas e realizar atividades pertinentes à produção cultural de um trabalho artístico.

Teatro do Oprimido é um método teatral que sistematiza exercícios, jogos e técnicas teatrais elaboradas pelo teatrólogo brasileiro Augusto Boal, recentemente falecido, que visa à desmecanização física e intelectual de seus praticantes. Partindo do princípio de que a linguagem teatral não deve ser diferenciada da que é usada cotidianamente pelo cidadão comum (oprimido), ele propõe condições práticas para que o oprimido se aproprie dos meios do fazer teatral e, assim, amplie suas possibilidades de expressão. Nesse sentido, todos podem desenvolver essa linguagem e, consequentemente, fazer teatro. Trata-se de um teatro em que o espectador é convidado a substituir o protagonista e mudar a condução ou mesmo o fim da história, conforme o olhar interpretativo e contextualizado do receptor.

Companhia Teatro do Oprimido. Disponível em: www.ctorio.org.br.
Acesso em: 1 jul. 2009 (adaptado).

NAS QUESTÕES NUMERADAS DE 16 A 40, ASSINALE A ÚNICA ALTERNATIVA QUE RESPONDE CORRETAMENTE AO ENUNCIADO.

A Proposta Triangular é construtivista, interacionista, dialogal, multiculturalista e pós-moderna, por articular arte como expressão e como cultura na sala de aula. A respeito da leitura da obra de arte julgue, as seguintes afirmativas:

I- Ler uma obra seria, então, perceber, compreender, interpretar a trama de cores, texturas, volumes, formas, linhas que constituem uma imagem.

II- Uma leitura torna-se significativa quando estabelecemos relações entre o objeto de leitura e nossas experiências de leitor.

III- Ler não é apreender as significações de um objeto. IV- No ensino da arte, a leitura tem sido concebida como algo mais prático.

O correto está somente em:

  • A.

    I e III.

  • B.

    II e III.

  • C.

    I e II.

  • D.

    I e IV.


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No transcorrer do ensino fundamental, espera-se que os alunos, progressivamente, adquiram competências de sensibilidade e de cognição em Artes Visuais, Dança, Música e Teatro, diante da sua produção de arte e no contato com o patrimônio artístico. Neste sentido, o ensino de Arte deverá organizar-se de modo que, ao longo do ensino fundamental, os alunos sejam capazes de

I. identificar, relacionar e compreender a arte como fato histórico contextualizado nas diversas culturas, conhecendo, respeitando e podendo observar as produções presentes no seu entorno.

II. compreender e utilizar a arte como linguagem, mantendo uma atitude apenas de busca coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a emoção, a investigação, a sensibilidade e a reflexão ao realizar e fruir produções artísticas.

III. experimentar e conhecer materiais, instrumentos e procedimentos artísticos diversos em arte, de modo que os utilize nos trabalhos pessoais, identifique-os e interprete-os na apreciação e contextualize-os culturalmente.

IV. identificar, investigar e organizar informações sobre a arte, reconhecendo e compreendendo a variedade dos produtos artísticos e concepções estéticas presentes na história das diferentes culturas e etnias.

Marque a opção que apresenta as afirmativas CORRETAS.

  • A. I – II – IV.
  • B. II – III – IV.
  • C. II – IV.
  • D. I – III – IV.
  • E. II – III.


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Um designer deseja inserir uma imagem em um website com o tamanho de 288 X 360 pixels. A imagem original foi recortada de uma revista, ficando com 20,32 X 25,4 centímetros de tamanho. A resolução adequada para a digitalização da imagem, mantendo um tamanho reduzido de arquivo, é:

  • A. 24 PPI;
  • B. 36 PPI;
  • C. 72 PPI;
  • D. 150 PPI;
  • E. 300 PPI.


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Atualmente é comum que os programas de diagramação de textos possuam corretores ortográficos, pois esses reduzem em muito os defeitos na composição. No entanto, são frequentes os erros nos quais a ação dos corretores automáticos é inócua e, por isso, a revisão de textos segue sendo uma atividade fundamental para uma boa edição de livros. Referindo-se aos erros de datilografia, mas igualmente válido para a revisão de originais eletrônicos, Emanuel Araújo identifica que o profissional de edição, quando faz a transcrição ou a revisão de um original, “ao defrontar-se com uma forma verbal, semântica, sintática ou lexical que lhe pareça insólita” (2000, p. 133) altera o original, muitas vezes interferindo no sentido da frase, num efeito de estilo ou em outros aspectos.

A citação acima refere-se a erros de:

  • A. correção;
  • B. transposição;
  • C. omissão;
  • D. inserção;
  • E. substituição.


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Após a impressão, com a tinta aparentemente seca e assentada no papel, o trabalho foi encaminhado ao acabamento para dobra e refile. Durante as operações normais do setor, o técnico gráfico do Tribunal observou que uma fina camada de pigmento se desprendia da superfície do impresso, caracterizando podragem. O problema ocorreu devido à excessiva absorção do veículo da tinta pelo suporte, perdendo resistência ao atrito. Para evitar esse problema o técnico do Tribunal deverá

  • A.

    aumentar a concentração de secante na tinta, até o limite adequado indicado pelo fabricante.

  • B.

    diminuir a quantidade de aditivos, como ceras ou diluentes.

  • C.

    substituir a tinta por outra com maior viscosidade.

  • D.

    aplicar verniz à tinta.

  • E.

    aumentar a acidez da solução de molhagem.


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Ao receber uma ordem de serviço, o técnico gráfico verificou que deveria inserir uma foto colorida em meio ao texto, que seria impresso na cor preta. A fim de selecionar as cores para a impressão da foto, precisaria de filtros. Para selecionar as cores amarela, cian, magenta e preta, as cores dos filtros devem ser, respectivamente:

  • A.

    amarelo, verde, laranja e as três juntas.

  • B.

    violeta, laranja, verde e as três juntas.

  • C.

    verde, cian, violeta, e as três juntas.

  • D.

    amarelo, cian, magenta e o preto.

  • E.

    amarelo, verde, magenta e o gris.


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Papéis possuem gramatura, o que expressa seu peso em g/m², isso significa que o valor indicado é o de uma folha de 1 m² medido em gramas. Alguns papéis têm seu peso expresso em quilogramas e, nesse caso, o peso é o de uma resma em tamanho padrão.

No caso da produção de um livro, com 128 páginas, com conteúdo integralmente em preto e branco, somente com texto e gráficos simples, a gramatura indicada para um papel do tipo offset para a impressão do miolo é:

  • A. 45 g/m²;
  • B. 90 g/m²;
  • C. 120 g/m²;
  • D. 180 g/m²;
  • E. 240 g/m².


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Sumários são necessários em grande parte dos produtos editoriais. Por meio deles conseguimos localizar informações de forma prática e rápida. Considerando criar um sumário em um trabalho gerado a partir do Adobe InDesign CS6, analise as afirmativas a seguir:

I. Alguns sumários são criados a partir de conteúdo que, na verdade, não é exibido no documento publicado (como uma lista de anunciantes em uma revista). Para fazer isso no InDesign, digite o conteúdo em uma camada oculta e inclua-o ao gerar o sumário.

II. É possível carregar estilos de sumário de outros documentos ou livros para criar novos sumários com as mesmas configurações e formatação, mas sempre é necessário editar um estilo de sumário importado, pois os nomes de estilos de parágrafo no documento nunca correspondem aos do documento de origem.

III. É possível criar estilos de parágrafo para o título e entradas do sumário, incluindo paradas e guias de tabulação. Será possível, então, aplicar esses estilos de parágrafo ao gerar o sumário.

IV. É possível criar estilos de caracteres para formatar os números de página e os caracteres que os separam das entradas. Por exemplo, se se desejar que os números de página apareçam em negrito, crie um estilo de caractere que inclua o atributo negrito e selecione esse estilo quando criar o sumário.

Está correto o que se afirma em:

  • A. somente I, II e III;
  • B. somente I, III e IV;
  • C. somente II, III e IV;
  • D. somente III e IV;
  • E. I, II, III e IV.


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O HTML 5 introduziu um método para permitir que o designer controle a área de visualização de um site através da tag . A sintaxe correta para que a largura de uma página siga a largura da tela de um dispositivo, com uma escala inicial de 1X no momento em que ela é carregada é:

  • A.
    Assinale a alternativa que não corresponde à acepção do autor em relação ao teatro do oprimido
  • B.
    Assinale a alternativa que não corresponde à acepção do autor em relação ao teatro do oprimido
  • C.
    Assinale a alternativa que não corresponde à acepção do autor em relação ao teatro do oprimido
  • D.
    Assinale a alternativa que não corresponde à acepção do autor em relação ao teatro do oprimido
  • E.
    Assinale a alternativa que não corresponde à acepção do autor em relação ao teatro do oprimido


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Educadores preocupados com as questões do ensino da Arte deram início a uma ampla discussão que, na década de 80, deflagrou a criação da Federação de Artes Educadores. Dessa mobilização, resultou o redimensionamento da concepção da Arte no contexto educacional formal, o que está contemplado, em certa medida, nos Referenciais Curriculares para a Educação Infantil (Brasil 1998), nos Parâmetros Curriculares Nacionais: Arte (Brasil, 1997, Brasil, 1998), para o ensino fundamental, e nos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (Brasil, 1999). Nesses documentos, a Arte é apontada como área de conhecimento (os documentos se referem ao ensino de Arte, e não mais à Educação Artística), e as diferentes linguagens são respeitadas quanto às especificidades inerentes a cada uma, no que tange aos conhecimentos a serem construídos. Assim, estão apresentadas as áreas de Artes Visuais, Musica, Teatro e Dança. O conhecimento a ser construído em cada uma dessas linguagens está organizado em torno de três eixos: a produção artística, a apreciação artística e a contextualização histórico-cultural dos diferentes fazeres em Arte, que são explicados assim:

I. Produzir refere-se ao fazer artístico (como expressão, construção, representação) e ao conjunto de informações a ele relacionados, no âmbito do fazer aluno e do desenvolvimento de seu percurso de criação. O ato de produzir se realiza por meio de experimentação e uso das linguagens artísticas.

II. Apreciar refere-se ao âmbito da recepção, incluindo percepção, decodificação, interpretação, fruição de arte e do universo a ela relacionado. A ação de apreciar abrange a produção artística do aluno e a de seus colegas, a produção histórico-social em sua diversidade, a identificação de qualidades estéticas e significados artísticos no cotidiano, nas mídias, na indústria cultural, nas práticas populares, no meio ambiente.

III. Apreciar refere-se ao fazer artístico e ao conjunto de informações a ele relacionadas, no âmbito do fazer aluno e do desenvolvimento de seu percurso de criação. O ato de produzir se realiza por meio de experimentação e uso das linguagens artísticas.

IV. Contextualizar é situar o conhecimento do próprio trabalho artístico, dos colegas e da arte como produto social e histórico, o que desvela a existência de múltiplas culturas e subjetividade.

Marque a opção que apresenta as afirmativas CORRETAS.

  • A. I – II – III.
  • B. I – III.
  • C. II – III – IV.
  • D. II – III.
  • E. I – II – IV.