Ao que é comparado a personagem iracema

Iracema representa a indígena submissa à cultura europeia, e seu nome é um anagrama para América. É também da união entre o casal que nasce Moacir, cujo nome significa “filho do sofrimento”, representando o primeiro cearense e a gênese da nacionalidade brasileira, fruto do enlace entre o colonizador e o indígena.

Como o narrador define a personagem Iracema?

De acordo com o romantismo europeu, Iracema pode ser caracterizada como um exemplo de “mulher-anjo” – virgem, delicada, bela, capaz de se sacrificar pelo homem que ama, Martim.

Qual é o segredo de Iracema?

IRACEMA – (lábios de mel) – índia da tribo dos tabajaras, filha de Araquém, velho pajé; era uma espécie de vestal (no sentido de ter a sua virgindade consagrada à divindade) por guardar o segredo de Jurema (bebida mágica utilizada nos rituais religiosos); anagrama de América.

Porque Iracema é um poema em prosa?

O romance pode ser considerado uma obra em “prosa poética” pois apresenta uma narrativa épica, um lirismo amoroso e todo um trabalho com o vocabulário, porém, em formato de romance.

Porque Iracema é considerada um romance?

Iracema, obra de José de Alencar publicada em 1865, é tipicamente romântica, classifica Fernando Marcílio Lopes Couto, professor de literatura do Sistema Anglo de Ensino. “O romance foi escrito para representar a origem da raça brasileira”, diz. Ele explica que Iracema é um romance alegórico, cheio de simbologias.

Qual o significado do livro Iracema?

Segundo o autor José de Alencar, “Iracema” seria uma palavra com origem na língua tupi que significaria “A virgem dos lábios de mel”.

O que é comparado a personagem Iracema?

02 Iracema é comparada a elementos da natureza, como os lábios com sabor de mel, os cabelos da cor da asa da graúna e o porte semelhante ao da palmeira, e represen- tada como uma figura heroica, veloz e pertencente a uma tribo guerreira.

Qual o narrador da obra Iracema?

Iracema possui um narrador onisciente. Através de uma linguagem tipicamente brasileira e cheia de metáforas e palavras indígenas, não só em Iracema como em outras obras, o autor demonstra características que o levam a uma singularidade na representação e afirmação da cultura brasileira.

O que a fuga de Iracema provocou?

Na espera para o dia da festa, Iracema e Martim ficaram juntos e Tupã perdeu sua virgem. Chegado o dia da fuga, Iracema os acompanhou, mas quando já estavam fora das terras dos tabajaras a índia declarou que não podia se separar do estrangeiro e seguir com ele.

Como Iracema perde o segredo de Jurema?

Iracema é uma índia da nação Tabajara. Ela é filha do pajé da tribo (Araquém) e está prometida como esposa ao chefe guerreiro (Irapuã). A moça também é detentora do segredo da Jurema. Um dia, Martim se perde na mata e acaba encontrando Iracema, que estava caçando.

Quais as características do livro Iracema?

É considerado um poema em forma de prosa, com características épicas, em que tanto Martim como Iracema são heróis. Iracema é uma típica heroína que representa o romantismo: espera o amado, se entrega a ele, fica com saudades, e morre por essa saudade.

Como o romance Iracema é caracterizado de acordo com livro?

A relação entre Martim e Iracema significa a união entre o branco colonizador e o índio, entre a cultura europeia, civilizada, e os valores indígenas, apresentados como naturalmente bons. É uma espécie de mito de fundação da identidade brasileira. Ainda menino, Alencar fez uma viagem pelo sertão.

Iracema é a personagem que dá título ao romance do escritor José de Alencar, publicado em 1865, que tem como argumento histórico a colonização do Ceará no século XVII, e os conflitos entre duas nações indígenas: os pitiguaras – habitantes do litoral e aliados dos colonizadores portugueses; e os tabajaras – habitantes do interior e aliados dos franceses. Para mais enriquecer a trama, o autor mistura tradição oral à sua imaginação criativa, servindo-se, ainda, de cronistas como Aires de Casal, frei Manuel Calado, e Gabriel Soares de Sousa, na busca de referências históricas.[1]

Ao que é comparado a personagem iracema
Iracema Personagem ficcional de Iracema

Iracema, em tela de Antônio Diogo da Silva Parreiras (1909) Criado(a) por José de Alencar Descrição ficcional Sexo Feminino Origem Colonização do Ceará, século XVII (1606) Espécie Humana Características Lábios de mel Aparições Primeira aparição 1865

Os traços atribuídos a Iracema são análogos à exuberante natureza local. Ela é apresentada como “a virgem dos lábios de mel”, cujos cabelos eram mais negros que a asa da graúna e o sorriso mais doce que o favo da jati. Essa harmoniosa relação, entretanto, dura somente até o contato da índia tabajara com o colonizador. O amor entre eles serve de alegoria no processo de colonização do Brasil e da América pelos europeus e é duplamente interditado, pois pertencem a nações inimigas e Iracema representa um papel relevante entre os tabajaras, “Sua mão fabrica para o Pajé a bebida de Tupã”. Iracema viola o segredo de sua tribo e prepara a bebida para Martim que, entorpecido, imagina possuir a jovem índia e, quando desperto, torna-se seu esposo.[1]

Iracema passa a viver um amor feito de renúncia e sacrifícios que a coloca na condição de pária e se vê obrigada a abandonar a sua gente. Não podia viver entre os brancos, nem entre os inimigos pitiguaras. Exilada, carregava em seu ventre o fruto de uma nova formação – o mameluco: nem índio, nem europeu, mas brasileiro.[1]

Só e saudosa de Martim, Iracema dá à luz o filho. Quando retorna da caça e da “peleja com seus aliados”, Martim recebe das mãos de Iracema o filho “Moacir”. Assiste a morte da esposa e a enterra ao pé do coqueiro. Este lugar, de acordo com o narrador, veio um dia a se chamar Ceará: ”O primeiro cearense, ainda no berço, emigrava da terra da pátria. Havia aí a predestinação de uma raça?”.[1]

  1. a b c d Revista Entre Livros, nº 20, págs. 26-27. Editora Duetto. São Paulo (2006).

  • Passeiweb - "Iracema, de José de Alencar - Análise completa"
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