Pasquale Cipro Neto é filho de imigrantes da grande colônia de italianos de São Paulo. Licenciou-se no Curso de Letras na USP. Desde 1975, é professor de Língua Portuguesa, e é também colunista dos seguintes jornais: Folha de São Paulo, O Globo e Diário do Grande ABC. Além de dar palestras, é o idealizador e apresentador do programa cultural Nossa Língua Portuguesa, transmitido pela Rádio Cultura AM e pela TV Cultura. Dicas do Prof. Pasquale: 1) HOJE É DOMINGO PÉ DE CACHIMBO…
E a gente pensa que repete corretamente os “ditos populares” Correto: “Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro“. Tá aí a resposta para meu dilema de infância!”
EU NÃO SABIA. E VOCÊ?3) Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão.
ela está embaixo dele?4) Cor de burro quando foge.
Porque ele muda de cor?5) Outro que no popular todo mundo erra:
O correto é: Quem tem boca vaia Roma. (isso mesmo, do verbo vaiar).6) Outro que todo mundo diz errado, O correto é: Esculpido em Carrara. (Carrara é um tipo de mármore) 7) Mais um famoso… O correto é: Quem não tem cão, caça como gato… ou seja, sozinho! Descarregue material didático. Veja no link abaixo: http://www.4shared.com/file/nK1ePIWO/Gramatica_da_Lingua_Portuguesa.htm Quer comentar, então deixe aqui seu COMENTÁRIO! Clique aqui: https://bollog.wordpress.com/2011/06/05/ditos-populares/#comments
O professor de Língua Portuguesa Pascoale Cipro Neto corrige alguns ditados populares usados de forma errada. “HOJE É DOMINGO PÉ DE CACHIMBO… e eu ficava imaginando como seria um pé de cachimbo, quando o correto é: HOJE É DOMINGO PEDE CACHIMBO… Domingo é um dia especial para relaxar e fumar um cachimbo ao invés do tradicional cigarro (para aqueles que fumam, naturalmente…). No popular se diz:’Esse menino não pára quieto, parece que tem bichocarpinteiro'”Minha grande dúvida na infância… Mas que bicho é esse que é carpinteiro, um bicho pode ser carpinteiro???” Correto: ‘Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro’ “Tá aí a resposta para meu dilema de infância!” EU NÃO SABIA. E VOCÊ? Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão.’ Enquanto o correto é: ‘ Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão.’ “Se a batata é uma raiz, ou seja, nasce enterrada, como ela se esparrama pelo chão se ela está embaixo dele?” ‘Cor de burro quando foge.’ O correto é: ‘Corro de burro quando foge!'”Esse foi o pior de todos! Burro muda de cor quando foge??? Qual cor ele fica??? Porque ele muda de cor???” Outro que no popular todo mundo erra:’Quem tem boca vai a Roma.’ “Bom, esse eu entendia, de um modo errado, mas entendia! Pensava que quem sabia se comunicar ia a qualquer lugar!” O correto é: ‘Quem tem boca vaia Roma.’ (isso mesmo, do verbo vaiar). Outro que todo mundo diz errado,’Cuspido e escarrado’ – quando alguém quer dizer que é muito parecido com outra pessoa.O correto é: ‘Esculpido em Carrara.’ (Carrara é um tipo de mármore) Mais um famoso….’Quem não tem cão,caça com gato.’ “Entendia também, errado, mas entendia! Se não tem o cão para ajudar na caça o gato ajuda! Tudo bem que o gato só faz o que quer, mas vai que o bicho tá de bom humor!”O correto é:’Quem não tem cão, caça como gato…. ou seja, sozinho!’
Naquele afã de corrigir o mundo que leva à disseminação de bobagens como “risco de morte” para substituir a tradicional locução “risco de vida” (leia mais sobre isso aqui), começou a circular há algum tempo a tese de que o provérbio “Quem tem boca vai a Roma” está simplesmente errado. O correto seria, uau, “Quem tem boca vaia Roma”. É o que garantem, muitas vezes com cômica gravidade, sites amadorísticos como este:
Em alguns desses textos, atribui-se indevidamente a tese da vaia ao professor de português Pasquale Cipro Neto. Este já a rejeitou com veemência, mas a sabichonice não esmorece tão facilmente. Dito existente há séculos, “Quem tem boca vai a Roma” é registrado em numerosos dicionários portugueses e brasileiros. Apenas um exemplo: em seu “Dicionário de Provérbios”, Raimundo Magalhães Jr. afirma o seguinte:
Há dois caminhos para provar que se equivocam aqueles que, sem nenhuma base histórica, tentam corrigir o velho provérbio. O primeiro é um passeio até o português antigo, no qual encontramos esta variante: “Quem língua tem, a Roma vai e vem”. Como se vê, a vaia não tem vez aqui. O segundo caminho nos afasta do português e nos põe diante de provérbios equivalentes em outros idiomas, todos com o mesmo sentido que Magalhães Jr. expõe acima. Por exemplo: o espanhol tem “Preguntando se va a Roma” e o francês, “Qui langue a, à Rome va”. |