A musica popular do brasil perde um grande artista

Quem nunca se dançou ao som de Gil e Caetano? Ou cantou alto ao som de Elis Regina? A MPB é um dos maiores gêneros musicais brasileiro. Mas você sabe como surgiu? 17 de outubro é comemorado o Dia da Música Popular Brasileira, então vem comigo que eu te conto um pouquinho mais sobre ela. 

A história da MPB

A Música Popular Brasileira, mais conhecida como MPB, surgiu no Brasil na segunda metade da década de 60. Em meio a Ditadura Militar, tornou-se uma forma de protesto contra o regime totalitário que  o Brasil enfrentava após o golpe de 1964.

Após a explosão da Bossa Nova, que mesclava as influências do samba com jazz americano, havia outros artistas que desejavam fazer um resgate dos gêneros musicais regionais brasileiros.  

Assim, surge a MPB, unindo ritmos e movimentos musicais regionalistas. Em 2012, a então presidenta Dilma Rouseff sancionou a Lei 12.624, que estabelece o dia 17 de outubro como Dia da Música Popular Brasileira. A data foi escolhida em homenagem ao nascimento de Chiquinha Gonzaga, maestrina e compositora brasileira. 

A musica popular do brasil perde um grande artista
Maria Bethânia, Caetano Veloso, Gal Costa e Gilberto Gil. Foto: Letras

Primeiras manifestações

O movimento foi impulsionado em grande parte pelos festivais de música, que faziam muito sucesso nas televisões naquela época. Considerada como a primeira música da MPB, Arrastão, escrita por Edu Lobo e Vinicius de Moraes, foi interpretada por Elis Regina no I Festival de Música Popular Brasileira, em 1965, na TV Excelsior. 

Já no ano seguinte, Pedro Pedreiro, de Chico Buarque, também tornou-se parte da lista da MPB. Junto a ela, Disparada, interpretada por Jair Rodrigues e A Banda, também de Chico, marcaram a ruptura da MPB com a Bossa Nova.

Os anos de chumbo

Após o AI-5, foi criada a DCDP – Divisão de Censura de Diversões Públicas -, que regulavam as produções culturais no Brasil. Só poderia ser veiculado, aquilo que fosse aprovado pelo regime.

Os artistas, então, começaram a usar metáforas e trocadilhos para expressar os protestos pela verdadeira situação em que o país se encontrava. A famosa canção Cálice, de Gilberto Gil, é um exemplo da sagacidade dos artistas nesse período. 

Assim, a MPB tornou-se um símbolo da resistência contra a ditadura militar, tornando indiscutível sua importância no contexto histórico deste período. 

A Tropicália e a Jovem guarda

Após a consolidação na MPB na música, duas vertentes foram criadas: a tropicália e a jovem guarda. De um lado, Caetano e Gil. De outro, Erasmo e Roberto Carlos. 

Perdendo o tom de crítica e a intensificação dos trocadilhos e figuras de linguagem, a tropicália adotou um estilo mais pop e experimental, unido ao popular. As ideias tropicalistas revolucionaram não apenas a música, mas toda a cultura brasileira

Já a Jovem Guarda voltou-se mais para guitarras e ritmos agitados, incorporando o rock dos anos 50 e 60, no cenário da música brasileira. 

A musica popular do brasil perde um grande artista

Dias atuais

Novos nomes vieram incorporar-se à Música Popular Brasileira. Marisa Monte, Maria Gadú, Silva, Ana Vitória, Tiago Iorc, grandes artistas da geração atual que perpetuam as raízes brasileiras.

Já passaram-se mais de 50 anos desde que MPB foi incorporada no nosso cenário musical e ela cada vez mais conquista ouvintes. Sejam sucessos antigos ou mais atuais, entramos em um consenso de que é bom demais, né? Então corre para abrir o Spotify e ouvir uma playlist especial com uma mistura especial de artistas de todas as gerações do MPB que o Entretetizei preparou especialmente para você!

Gostou de saber um pouquinho mais sobre a história da MPB? Quem é o seu artista preferido? Conta pra nós lá nas redes sociais do EntretetizeiTwitter, Face, Insta.

*Crédito da foto de destaque: Entretetizei

A musica popular do brasil perde um grande artista
1 de 1 João Gilberto em show — Foto: Reprodução João Gilberto em show — Foto: Reprodução

João Gilberto era natural da cidade de Juazeiro, no norte da Bahia. Ele morreu na casa onde morava com a esposa, no Rio de Janeiro. O cantor deixa três filhos João Marcelo Gilberto, Bebel e Luisa.

Uma das primeiras artistas a manifestar o pesar foi a cantora Daniela Mercury. Ela disse que João a influenciou imensamente e que ele revolucionou a MPB.

A cantora Gal Costa também falou sobre a influência de João Gilberto. Para ela, o artista era o maior gênio da música brasileira.

O cantor Gilberto Gil publicou um vídeo nas redes, onde diz que a cada cem anos aparece um artista como João, e a cada 25 um aprendiz. Junto com o vídeo, ele escreveu: "Para João, a música, a poesia e o amor. 💙"

O cantor e compositor J Velloso falou sobre a tristeza que a ausência de João Gilberto vai deixar.

A cantora Marcia Castro também publicou homenagem ao artista. Ela lembrou da leveza e transgressão de João Gilberto.

A cantora e atriz Emanuelle Araújo chamou João de mestre e disse que "o maior" partiu.

A cantora Ivete Sangalo publicou uma foto no perfil oficial do Instagram, onde disse que a história de João na música tem valor inestimável e que, por isso, a obra dele terá reflexo na música do mundo. Junto com a imagem, ela escreveu: "Juazeirense. Vá em paz João 🙏🏻"

O governador Rui Costa também usou as redes sociais para prestar sentimentos aos familiares, amigos e fãs de João Gilberto. Rui escreveu que o cantor ajudou a projetar a imagem da Bahia para o mundo.

O prefeito ACM Neto compartilhou um vídeo em que João Gilberto está no palco, tocando violão e cantando a música "Chega de Saudade", uma das mais famosas do cantor.

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É considerada como "era de ouro" dentro da história da música popular brasileira o período que se estende de 1930 até por volta de 1945.
O panorama musical destes 15 anos é marcado pelo cultivo de estilos regionais, arranjos mais complexos, ascensão do samba e da marchinha como os estilos mais populares, e uma gama de compositores, instrumentistas e cantores interagindo entre si. Tal fase da música brasileira é marcada por sucessos atemporais, como "Carinhoso", "Rancho Fundo", "O Teu Cabelo não Nega", entre tantas outras canções.

Nesta fase, os estilos populares remanescentes do século XIX como a modinha e o lundu irão assumir novas formas: a modinha é levemente acelerada sem perder o lirismo e o romantismo de suas letras, dando origem ao samba-canção. Já o lundu evolui fundindo-se com outros estilos como o jongo, criando um samba de melodia, letras e instrumentação mais complexa. Gravam pela primeira vez, no fim dos anos 20 e início dos 30 artistas de regiões mais distantes do país, como o nordeste, interior de Minas e São Paulo, influenciando a música da capital do país à época, o Rio de Janeiro.

Um desses ritmos, a embolada, vinda do nordeste, causou sensação nos grandes centros e fez a cabeça daquele que viria a ser um dos maiores compositores da música brasileira, Noel Rosa, que logo depois passou ao samba, dando origem a obras-primas do ritmo. A cantora Araci de Almeida se consagraria como intérprete da obra de Noel, morto precocemente em 1937.

Também no início dos anos 30, ciceroneada pelo violonista Josué de Barros surge Carmen Miranda, filha de imigrantes portugueses, e que após vários sucessos entre marchinhas de carnaval e sambas, iria protagonizar vários filmes em Hollywood, interpretando a figura exótica da mulher da América do Sul.

É também na chamada era de ouro que se consagra Francisco Alves, interpretando vários estilos nacionais e internacionais. Seguindo o seu estilo popular/romântico surgem Carlos Galhardo, Sílvio Caldas e Orlando Silva, além de Mário Reis, que já vinha gravando no final dos anos 20 e atingiria seu auge, parando com toda atividade musical subitamente pouco tempo depois.

O principal veículo de divulgação da música na era de ouro é o rádio, que atinge sua maturidade então. Outro meio importante é o disco, que vai gradualmente tornando-se acessível mesmo às camadas mais humildes.

O fim da era de ouro é muitas vezes creditado à esmagadora influência que ritmos estrangeiros como o bolero, jazz e a música popular europeia foram exercendo nos intérpretes nacionais, tornando a música do período seguinte excessivamente emotiva, e de certo modo pasteurizada. As versões de sucessos estrangeiros se tornam bastante populares, e logo o rock'n'roll vai fazer com que a música norte-americana invada o panorama musical brasileiro, sendo que nesta época o baião estilizado e sertanejo de Luiz Gonzaga seja a grande resistência nacional em termos musicais.

Bibliografia:
A música. Disponível em <http://www.colegioweb.com.br/historia/a-musica.html>. Acesso em: 26 fev. 2012.

LUCIANE, Angela. A época de ouro da música popular. Disponível em <http://peganomeu.wordpress.com/2007/07/16/a-epoca-de-ouro-da-musica-popular/>. Acesso em: 26 fev. 2012.