A história do uso popular da homeopatia no brasil

A Homeopatia no Brasil foi introduzida por um discípulo francês de Hahnemann, Benoit-Jules Mure, que aqui chegou em 21 de novembro de 1840.

A Homeopatia rapidamente se propagou e, no final do século passado, foi abraçada pelo movimento positivista brasileiro através de seus adeptos do Instituto Militar de Engenharia, no Rio de Janeiro. Disto resulta um grande apoio oficial do governo republicano à Homeopatia, reconhecendo o seu ensino e a sua prática, criando enfermarias no Hospital Central do Exército e no Hospital da Marinha, no começo deste século. Também deste fato aparecem grandes figuras da nossa cultura ligadas à Homeopatia ou que mesmo chegam a praticá-la, como Monteiro Lobato e Rui Barbosa.

A Homeopatia no Brasil mantém a sua força e seu crescimento até o final da década de vinte, quando começa lentamente o seu declínio, talvez devido ao advento da terapêutica química na Medicina, pois o aparecimento de armas terapêuticas como as sulfas no início e os antibióticos depois, encontra os homeopatas despreparados filosoficamente para o exercício da Homeopatia, positivistas que eram na sua maior parte, e não vitalistas, como o exige o pensamento homeopático e Hahnemanniano.

Este estado de coisas tem tal evolução que nos anos sessenta praticamente já não existe a Homeopatia no Brasil; nessa época, ela só sobrevive nas pessoas de alguns poucos abnegados, principalmente nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Dentre eles, despontam os nomes de Abraão Brickman, Alfredo de Vernieri, Paiva Ramos, David Castro e Artur de Almeida Rezende Filho. Mas foi nesta mesma década, quando em todo o mundo e em diversos setores seguem os movimentos de contestação do “status quo”, que a Homeopatia foi beneficiada, retornando num ritmo crescente em termos de prestígio, notoriedade e demanda, tanto por parte dos pacientes como dos colegas médicos interessados, até os nossos dias (30 anos depois), quando já não existe mais conotação de modismo e sim de uma realidade, o reconhecimento de um velho-novo campo do conhecimento médico.

A oficialização do ensino da Homeopatia data de 25 de setembro de 1918, decreto n° 3530, reconhecendo o Instituto Hahnemanniano do Brasil, como uma entidade de utilidade pública. Alguns anos depois, em 1926, é organizado pelo Prof. José Emygdio R. Galhardo, o 1° Congresso Brasileiro de Homeopatia, realizado no Rio de Janeiro. A Associação Paulista de Homeopatia (APH) foi fundada em 5 de junho de 1936 pelo Dr. Alfredo Di Vernieri. A comissão organizadora foi a seguinte: Dr. Alfredo Di Vernieri, Dr. Antonio Murtinho Nobre, Dr. Silvino Canuto de Abreu, Dra. Helena Minin e Dr. Arthur de Almeida Rezende Filho.

A primeira fase da APH foi muito difícil, pois, embora contando com grande simpatia popular e até governamental, a marginalização pela medicina clássica retardou muito o seu progresso.

Ainda assim, em 1937, o Dr. Abraão Brickman inaugurava um serviço de Homeopatia na Beneficência Portuguesa e o Dr. Rezende Filho criava a biblioteca da APH. Nesta época, toda a divulgação homeopática era feita através de jornais, rádio e uma revista que perdurou até 1942.

Em 1952, pelo decreto nº 1552, de 8.07.52, foi tornado obrigatório o ensino da Farmacotécnica Homeopática em todas as faculdades de farmácia do Brasil.

Houve um hiato na época do pós-guerra, de 1942 até a década de sessenta, quando, aliando-se ao momento de contestação mundial, e ao incansável trabalho do Dr. David Castro, a Homeopatia recomeçou a se desenvolver. Reiniciou-se a edição da revista, entrevistas através de rádios, jornais e televisão, cursos para estudantes, etc. Em 14 de janeiro de 1960, a APH é reconhecida como entidade de utilidade pública.

Em 1966, durante o Governo Castelo Branco, foram publicadas várias portarias, com instruções de instalação e funcionamento de farmácias homeopáticas e industrialização de seus medicamentos.

Até este momento, a APH funcionava nos consultórios e residências dos Diretores. Em 6 de junho de 1970, é lançada a pedra fundamental da sede e do ambulatório da APH e, em 1972, realizar-se-ia o XII Congresso Brasileiro de Homeopatia em casa própria. Nesta época, as atividades se resumiam às reuniões de 5a feira à noite e ao ambulatório de ensino.

Mas foi em 1976, com a vinda do Prof. Francisco Xavier Eizayaga, da Argentina, que foi criado o Curso de Especialização em Homeopatia para médicos, com duração de dois anos, um final de semana por mês. Vale a pena lembrar que este curso iniciou-se com 10 alunos e terminou com cerca de 50. Expoentes da Homeopatia de hoje foram formados nessa época. Como idealizadores deste curso, os Doutores Félix Barbosa de Almeida (SP), Javier Salvador Gamarra (Curitiba) e Matheus Marim (Campinas), sob a presidência do Dr. Alfredo Castro. Essa foi a origem de boa parte dos principais cursos de todo o Brasil. Foi em 1976 também que o governo oficializou a Farmacopéia Homeopática Brasileira (decretada em 1972).

Em 4 de julho de 1980, pela resolução CFM n° 1000, a Homeopatia foi reconhecida como especialidade médica pelo Conselho Federal de Medicina. No mesmo ano foi fundada a Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB). A partir deste momento a homeopatia ganhou força e maior apoio da classe médica. Aos poucos foram sendo criados cursos regulares para a formação de profissionais nas áreas de Farmácia, Odontologia e Medicina Veterinária.

No ano de 1990 a biblioteca da APH tornou-se centro de toda a literatura homeopática da América Latina e Caribe (fruto do convênio da APH com a BIREME e a HOMEODATA). Desde este ano, seguindo determinação da AMHB, o curso para médicos vem sendo realizado em três anos, com o intuito de cumprir a carga horária mínima de 1200 horas/aula.

Atualmente existem aproximadamente vinte associações de representação médico-homeopáticas filiadas à AMHB e cerca de dez farmacêuticas, abrangendo todo o território nacional, em muitas delas são realizados cursos regulares de formação em homeopatia.

homeopatia vem sendo usada e praticada pelos brasileiros como domínio doméstico, familiar, caseiro e público em geral, – a partir da segunda metade do século XIX – desde 1850, todo o século XX e no início atual XXI. (ver foto lado)

Em 1980 – como o CFM reconheceu a homeopatia como uma especialidade médica – os médicos homeopatas tentaram reivindicar a exclusividade desta ciência para a classe médica.  Durante uma mais de uma década houve inúmeras denúncias de “Associações de médicos homeopatas” visando suprimir ensino da Homeopatia pela Universidade Federal de Viçosa e apoiado pela ATENEMG. Finalmente a Justiça – Procuradoria da República – em decisão histórica – “resolveu que a homeopatia não é uma prática exclusiva dos médicos”.

Esta decisão – confirmou o uso popular e secular da homeopatia no Brasil há quase dois séculos. Assim, hoje – qualquer pessoa pode estudar e praticar a homeopatia -, com base na decisão da Justiça e da Lei 5991, na Portaria 971 do MS, na instrução normativa 007 do M. A. e nas normas do Ministério do Trabalho. C.B.O.

                 Estude homeopatia e ajude a contribuir para a harmonização do povo brasileiro.

Mure, o visionário que nos trouxe a homeopatia

Em 21 de novembro de 1840 desembarcava no Rio de Janeiro o médico francês Benoît Mure, que se tornaria o introdutor da homeopatia no Brasil, chegando a dispor de sua fortuna pessoal para difundir a medicina e direcioná-la para o tratamento de escravos e de “excluídos pela sociedade”

Ao contrário do que muitos acreditam, a homeopatia tem uma longa história política e institucional neste país. Passou por várias fases de ascensão e queda e neste fim de século parece estar recobrando seu fôlego. A homeopatia foi oficialmente introduzida no Brasil por um discípulo direto de Samuel Hahnemann, o francês Benoît Jules Mure.

Benoît Mure (1809-1858) é um importante personagem na história da medicina brasileira especialmente no contexto da homeopatia. Deixou influências e as repercussões de seu trabalho continuam.

Mure chegou ao país depois de realizar uma peregrinação na Europa, aonde difundiu e divulgou os princípios da então nova arte médica. Palermo (na Sicília), Paris, Cairo e Malta estiveram em seu roteiro de propaganda homeopática.

Quando desembarcou no Rio de Janeiro a bordo da barca francesa Eole em novembro de 1840, Mure estava com 31 anos de idade e repleto de projetos visionários. Sua história repete a de muitos outros: recuperava-se de uma tuberculose pulmonar que o acometeu quando esteve sob o tratamento homeopático ministrado por Sebastião Des Guidi, discípulo de Hahnemann e introdutor da homeopatia na França. Filho de um rico burguês de Lyon, Mure formou-se em medicina em Montpellier (um reduto da medicina vitalista).

Este tratamento bem-sucedido, sucedeu outro sem êxito, levado adiante por um dos mais famosos médicos da França no início do século XIX, o clínico Magendie.

No entanto, vemos que os ímpetos científicos de Mure são intensos demais para serem apenas os frutos de uma gratidão pela medicina que o salvou de um quadro tuberculoso. Mure encontra a lógica – como o médico e naturalista alemão Constantine Hering já havia feito – e captura o método de Hahnemann, isto é o que particulariza sua preferência pela homeopatia.

O introdutor da homeopatia no Brasil, influenciado pelas idéias de Fourier e Jacotot, resolve fundar em Santa Catarina uma colônia societária falansteriana, na península formada pelo Rio São Francisco, denominada de Colônia do Sahy.

Um plano ao imperador

Conforme os registros coletados por Galhardo, sabe-se que em 18 de setembro de 1841 foram apresentados ao imperador os colonos societários franceses, juntamente com Mure. Esta colônia foi o propósito inicial da vinda de Mure, que era o representante oficial da Union Industrielle de Paris (Mure, 1999). Mure foi apresentado ao imperador para expor seu plano de ação:

“Venho, em nome de todas as classes sofredoras que aspiram em França a mudar de posição, pedir a vossa majestade os meios de gozar, debaixo de um governo tutelar, do fruto legítimo de seu trabalho.” (Mure apud. Galhardo, 1928: 280).

Compreende-se, a partir desta atitude militante de Mure, sua luta ulterior, quando incorporou a seu projeto de expansão da homeopatia o tratamento dos escravos e dos socialmente excluídos do Brasil imperial. Neste contexto compreendem-se também as mobilizações política mais recentes, quando homeopatas engajaram-se nas lutas políticas e sociais do país.

Segundo o homeopata e historiador da homeopatia Galhardo, coube a um deles, Antonio Ildefonso Gomes, a redação do primeiro documento brasileiro dirigido ao Congresso Nacional, solicitando, por escrito, a restrição da escravidão. Terá sido Benoît Mure quem funda a Escola de Homeopatia do Rio de Janeiro, em 1844, embrião do futuro Instituto Hahnemanniano do Brasil, oficialmente fundado em 1859.

O médico francês era um utopista, um incorformado, e sobretudo um sujeito dotado de uma invencível tenacidade. Trata-se daqueles que acreditam que o desenvolvimento científico só é de fato evolução quando há progresso ético simultâneo. Daí compreende-se porque ocupava um substancial espaço no contexto sócio-científico do Brasil de 1840.

Medicina social

Mure tenta devolver a vitalidade ao pensamento médico do recente império brasileiro. Faz preleções pelo futuro da arte médica, é prosélito de uma medicina social mais ativa, passa a defender significados e propósitos de sua particular concepção dos objetivos da saúde pública.

Contra uma prática exclusora ele inclui em seu projeto o tratamento dos escravos e das classes sociais sem acesso à medicina da Corte. De fato, a homeopatia foi, durante todo período de escravidão, a única medicina usada pelos escravos, uma vez que reunia duas qualidades indispensáveis: baixo custo e eficiência.

Há uma curiosa mistura nas propostas de Mure: o socialismo está sempre atrelado à passionalidade religiosa. Mas é precisamente esta característica que o coloca numa lista muito particular do gênero humano: trata-se daquele tipo de sujeito incansável. Ele era um ideólogo obstinado e perspicaz e sabia, como a socióloga e professora do Instituto de Medicina Social da UERJ Madel Luz mostrou, da necessidade de apoio político e aval acadêmico para conseguir bases mais estáveis para a homeopatia.

Então, Mure mobiliza-se para alcançar este apoio pressionando instituições, fazendo contatos políticos e buscando por vários meios um estatuto mais respeitável para o saber homeopático.

Seu objetivo era conseguir um parecer favorável da academia médica para a então nova escola médica. Consegue o reconhecimento, mas a um preço muito alto, já que o recurso midiático que usou como palanque para o apoio político também serviu de base para os ataques subsequentes. Uma verdadeira guerra se estabelece nos grandes jornais da época, especialmente no Diário do Comércio e a homeopatia vira uma polêmica nacional.

Coube ao médico brasileiro Duque Estrada ser o primeiro a aplicar, em alguns casos específicos, a homeopatia no Brasil. (Galhardo 1928, 275). Sob sua liderança, publica-se um panfleto popular para fixar nos postes do Rio de Janeiro e São Paulo com a finalidade de conter a pandemia de cólera.

Duque Estrada defende o tratamento homeopático para conter a epidemia de febre amarela e escreve para a Câmara dos Deputados propondo uma subvenção de 100 contos de reis destinada à criação de uma enfermaria para tratamento homeopático.

“O senador Vasconcelos votou na abolição da medicina oficial, toda a liberdade deve ser dada ao médico para curar pelo sistema de sua escolha” (Carvalho, 1857: 9).

A colônia societária do Sahy não vingou. Mas Mure vislumbra a difusão da homeopatia como uma perspectiva não menos nobre e a implementa em vários estados.

Ele e seus colaboradores, fazem verdadeiros planejamentos de marketing: pensam em expandir a propaganda a outros estados através de emissários, e em 1847 é instalada a Sociedade Homeopathica Bahiana, Filial do Instituto Homeopático do Brasil.

Fortuna pessoal

No final de 1847 também inaugura-se um Hospital Homeopático, sob a presidência de Duque Estrada. Vários consultórios populares eram abertos tanto no Rio de Janeiro como em Salvador. Os recursos para tudo isto, ao menos inicialmente, parecem ter vindo da fortuna pessoal que Mure trouxe para o País como herança.

Os consultórios gratuitos foram criados pelos homeopatas em 1843 e vendo seu sucesso junto à população e o aumento da adesão popular ao tratamento a Academia Imperial de Medicina, também resolve abri-los em 1848.

Já com a saúde abalada, ao que parece devido à reativação de sua tuberculose pulmonar, e tendo já pedido a exoneração do cargo de diretor que ocupava na Escola Homeopática do Brasil, Mure despede-se do Brasil, de onde parte em abril de 1848. Vicente Martins assumiu a Escola Homeopática e a reestruturou dando-lhe uma corpo curricular mais arrojado.

Depois da partida de Mure – que falece no Cairo, dez anos mais tarde, em 1858 –, observa-se o surgimento de novas organizações homeopáticas: “Sociedade Hahnemanniana”, “Academia Médico-Homeopática”, assim como cresce o número de publicações clássicas e originais. Impulsionados e subsidiados pelo Instituto Homeopático do Brasil, é a vez de outros estados receberem mais informações sobre a homeopatia;

No contexto sócio-histórico da primeira metade do século 19, o que os homeopatas pioneiros, incluindo Mure e seus colaboradores, fizeram pela difusão da homeopatia neste país, com seus erros e acertos, só pode ser definido, sem exageros apologéticos, como um trabalho excepcional. Por isto seu trabalho teórico é de uma importância insubstituível, tanto no entendimento da situação político-institucional atual e pregressa da homeopatia brasileira, assim como da própria prática clínica de hoje.

Mas é através de sua obra empírica/experimental que seu projeto adquiriu dimensão mundial. Mure, em seu “Patogenesia Brasileira e Doutrina da Escola Médica do Rio de Janeiro”, dirige e compila uma série de 39 patogenesias (experimentos metódicos de substâncias medicamentosas) com substâncias obtidas, selecionadas e preparadas segundo a farmacotécnica homeopática, em um período histórico cujas dificuldades científicas eram literalmente descomunais. Edições de seu livro aparecem em 1853 (Estados Unidos) e 1859 (Espanha).

Uma opção natural para a medicina

O mundo científico já havia reconhecido de forma especialmente generosa os trabalhos dos viajantes e naturalistas que catalogaram (científica e iconograficamente) a exuberante flora e fauna deste país. É o caso dos médicos holandeses Piso e Marcgrave (integrantes da comitiva de Maurício de Nassau), de Saint-Hilaire, dos botânicos Spix e Martius e de pesquisadores menos famosos do século XIX como Freire Alemão, Velloso, Almeida Pinto, Caminhoá e Peckolt.

Agora que nos aproximamos dos 500 anos do descobrimento, seria importante promover resgates e rever ícones. Faltou reconhecer ao trabalho de Mure, especialmente pelo estudo da fauna e da flora do País. Além disto o autor vai muito além de uma catalogação farmacodinâmica/farmacognósica. Não se detém em fazer uma mera recompilação dos efeitos medicinais ou de indicações terapêuticas das substâncias obtidas das fontes da medicina indígena e popular, muito comuns nos tratados dos botanistas. Ele conduz, dirige e coordena a apresentação de medicamentos, muitos inéditos, acreditando na prodigalidade de uma natureza generosa que oferece meios curativos geograficamente próximos dos povos que deles os necessitam.

Apresenta listagens de sintomas obtidos através da experiência metódica. Faz isto usando as recomendações hahnemanianas quando adota os critérios de uma Higantropharmacologia (estudo dos efeitos das substâncias medicinais sobre o homem) quando são registradas as observações dos efeitos – objetivos e subjetivos — sobre a totalidade.

O trabalho experimental organizado por Mure não é somente ainda apropriado para subsídios de pesquisa histórica, e mesmo instrumento terapêutico, como de fato representou um incomum marco na preservação da biodiversidade. Isto em uma época na qual tais preocupações eram virtualmente inexistentes. Diríamos então que o trabalho deste idealista é provocador, original e acima de tudo dos mais modernos se considerarmos que há um boom de pesquisas atuais buscando novas substâncias medicinais nas florestas tropicais, investigação que o Instituto Homeopático do Brasil já conduzia desde 1843.

Pode-se observar em “Patogenesia Brasileira”, o esforço do trabalho experimental de Mure e João Vicente Martins (assim como outros colaboradores), o esforço de uma geração comprometida com a busca criativa de novas visibilidades para a medicina, os sujeitos e até para o próprio modelo social. Visionários que, como eles, dispuseram-se a achar as substâncias medicinais, a ir à pesquisa de campo e organizar uma matéria médica brasileira com elementos obtidos dos reinos da natureza, muitos deles ignorados (ou apenas catalogados) por outros ilustres viajantes

Paulo Rosenbaum, especial para o JT

https://brasil.estadao.com.br/blogs/conto-de-noticia/mure-o-visionario-que-nos-trouxe-a-homeopatia-materia-originalmente-publicada-no-jornal-da-tarde/